Antiga

Índice Cronológico
Zigurates - Escola Suméria - Tutankamon

ZIGURATES (3º MILÊNIO AC. – 4º SÉC. AC)

Prof Eduardo Simões






O zigurate é a versão suméria da pirâmide egípcia, com duas diferenças: primeiro ele era sempre em forma escalonada, ou seja, de degraus que se sobrepõem do maior para o menor; segundo, enquanto a pirâmide egípcia era um túmulo, o zigurate era um templo, que reproduzia, segundo alguns estudiosos, o relevo de uma montanha, que era onde osp ovos antigos acreditavam que moravam as divindades. O templo é a pequena casinha situada no cume do zigurate. Em cima vemos uma reconstituição do zigurate de Ur, cidade suméria, construído por volta de 2100 a.C. Fonte http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/Estruturas/ur.htm





http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/93/Ancient_ziggurat_at_Ali_Air_Base_Iraq_2005.jpg/325px-Ancient_ziggurat_at_Ali_Air_Base_Iraq_2005.jpg


Acima vemos o aspecto atual do zigurate de Ur, parcialmente reconstruído. Os zigurates, além de templo serviam como depósito para os impostos e doações, p\gos em espécie, aos sacerdotes, como banco e como local onde garotas se tornavam mulheres, demonstrando assim sua fidelidade aos “deuses”. http://es.wikipedia.org/wiki/Zigurat




http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/97/US_Soldiers_climbing_the_Ziggurat_of_Ur.jpg

Barbárie, barbárie! Soldados americanos, com seus pesados coturnos, escalam, em grande número, o zigurate de Ur, como se não passassse de um troféu de guerra, durante a invasão do Iraque, em 2003; esse não foi o único crime contra a cultura humana cometida por eles nessa guerra perversa e mentirosa. Essa estrutura, feita externamente de tijolos cozidos e internamente por tijolos crus, adobe, é tão única como frágil, nãop ode ser tratada assim! Quantos tijolos os soldados não levaram para casa como troféu? É a mesma coisa que fazer um furo no quadro da Monalisa, e eles estavam lá para estabelecer a “democracia” e a cultura “civilizada!”

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Ziggurat_of_Ur



EDUBA, A ESCOLA SUMÉRIA

Prof Eduardo Simões

http://www.ethicalpolitics.org/ts/images/classroom-sumer-2000bce.jpg
Fonte http://www.ethicalpolitics.org
As primeiras escolas de que se tem notícia, e vestígios, no mundo foram encontradas em cidades da antiga Suméria, entre as quais Nippur, uma das mais antigas, cujos primeiros registros de povoamento permanente data de 5.300 a.C. Porém, foi necessários esperar a descoberta da escrita e a estabilização das primeiras formas de Estado, com a sua necessidade de funcionários especializados, para que se aparecessem as primeiras escolas sumérias, as edubas (= “asa das tabuinhas” ou “casa de distribuição de tabuinhas”), lá por volta de 3.000 a.C. Na foto acima vemos a ruína de uma dessas escolas mostrando as grandes carteiras coletivas, semelhantes a colunas quadradas deitadas no solo, feitas de adobe, onde podiam sentar até quatro alunos – as carteiras menores, ao lado deviam ser usadas pelos alunos mais adiantados – as turmas então seriam multisseriadas.


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http://stravaganzastravaganza.blogspot.com.br

Essas escolas na verdade eram especializadas, equivalente hoje aos colégios técnicos, pois preparavam os alunos para a cobiçada e prestigiosa função de escriba, o executivo da época. Os estudos começavam ainda cedo, durante a infância-adolescência, e podiam durar até 12 anos, quando o aluno era declarado apto para desempenhar a função. As aulas começavam de manhã cedo e iam até o fim da tarde, com pouquíssimos dias livres, e o currículo era ‘puxado’, com a memorização de enormes textos literários, formas de redação tipo comercial, exercícios de matemática, etc.
A escola, em geral, funcionava na casa de um professor, com uma ou duas salas de aula. O professor, chamado ‘ummia’, e também fazia as vezes de diretor, em geral era tratado como “o pai da escola”. O professor, por sua vez contava com a ajuda de um secretário de confiança, o ‘grande irmão’, e este com auxiliares, que, decerto, adoravam punir com muitas e fortes chibatadas os alunos que não aprendiam a lição ou apresentavam um comportamento inadequado. De certas forma era assim que se vingavam dos pais dos alunos que os esnobavam nos espaços públicos, pois a profissão de professor, assim como as outras ligadas à educação, já nessa época, não era das mais bem pagas.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinxYMa51XcvBRIr382KTS3RKmdVWVDiPoB3I3MrJzMYyT-7lcDdWZY8OsoX-v67AcQ7rvt87b5t3NzPaVTm8uBZrn0FPWktheOJ5kCve3sBAzkF08S4bLI9v1fOrI9E2RgNZgckokuaHM/s1600/CUU%5B1%5D.jpg
fonte http://historiarrc.blogspot.com.br

Uma maravilhosa ilustração de Angus McBride. Um aluno apresenta uma pequena tabuinha de argila ao mestre, onde ele gravou, com a ponta de um cânhamo ou estilete, semelhante a um lápis com a ponta parecida com a de uma chave de fenda. Aos seus pés encontra-se um pequeno saco de couro com argila dentro, o material que ele usa para escrever – seria o equivalente ao caderno dos alunos de hoje em dia ou o computador ou tablet das escolas digitais. Havia também uma pequena bilha ou bacia com água, com um pano por perto, que ele umedece e usa para manter a sua argila mole até o texto ficar pronto. A grande vantagem de usar esse material como suporte para a escrita é que, depois de endurecida, a argila dura para sempre. O menino olha com apreensão para o professor, pois se algo sair errado...
Há uma saborosa embora pouco edificante história de um menino sumeriano, há 4 mil anos atrás, e que chegou até os dias de hoje, quando uma tabuinha, contendo o seu relato, foi descoberta e traduzida. A história é a seguinte: um menino estava angustiado porque não conseguia aprender direito os ensinamentos de seu professor, e por isso estava apanhando cada vez com mais frequência, começando a apresentar sintomas de rejeição à escola. O seu pai também estava preocupado, pois não era muito rico e se esforçava muito para poder pagar os custos da escola de seu filho, sonhado com o dia em que ele se tornaria um escriba famoso e rico; mas as coisas não estavam indo bem, mas o menino não podia desistir! Foi aí que o pai decidiu fazer um agrado ao mestre, convidando-o para uma refeição caprichada, e de quebra ainda lhe deu um presente cobiçado: uma peça de roupa de boa qualidade, de tal sorte que o mestre despediu-se lançando elogios ao menino e prometendo acompanhá-lo mais em suas dificuldades. Será que estava havendo má vontade do professor para com o menino devido a falta de um ‘agrado’ do pai. A mãe não é mencionada uma vez
Bem, é preciso que entendamos que é outra época, com
 outros valores, e os sumérios eram assim mesmo: diretos, pragmáticos, o romantismo ainda não havia sido inventado, assim como o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Fundação Casa. Eles eram primitivos, e não tinham essa necessidade.



TUTANKAMON (1332-1323 A.C.)

Prof Eduardo Simões


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/ab/Lepsius_tut.JPG/640px-Lepsius_tut.JPG
Fonte Wikipedia

Tutankamon, ou Tut, era filho do faraó Amenófis IV ou Akenaton, o faraó que fez uma grande reforma religiosa no Egito, instituindo a primeira forma de monoteísmo no mundo, por meio da adoração exclusiva do disco solar chamado Aton, despertando a ira da poderosa e tradicional classe dos sacerdotes politeístas, adoradores de Amon, uma divindade principal cercada de centenas de outras secundárias. Sabe-se, pelos estudos da múmia de Tutankamon e por raros documentos da época, que ele subiu ao trono com apenas 18 anos, cercado por uma intensa luta palaciana, empreendida pelos sacerdotes de Amon, interessados na volta do politeísmo que lhes trazia muita renda e prestígio. Pressionado, o jovem cede e muda o seu nome original de Tutankaton para Tutankamon, subindo ao trono em 1332 a.C., ficando por apenas nove anos no poder, sem maiores realizações – casado com sua meia-irmã Anquesenamon, não chegou a ter filhos. Na figura Tut aparece atendendo a um vizir, um funcionário egípcio graduado.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c7/The_Moment_Carter_Opens_the_Tomb.JPG/640px-The_Moment_Carter_Opens_the_Tomb.JPG


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/18/Tutanchamon_%28js%29_1.jpg/640px-Tutanchamon_%28js%29_1.jpg
Fonte Wikipedia

Esse jovem faraó desconhecido causou furor em novembro de 1922, quando o arqueólogo inglês Howard Carter (de cócoras na foto) descobriu o seu túmulo e a sua múmia praticamente intactos – o túmulo estava repleto dos mais incríveis objetos decorativos que se tem notícia, valiosos não só pelo seu valor comercial, muitos objetos em ouro, mas principalmente pelo seu valor informativo, objetos de uso no dia a dia dos antigos egípcios, pois quase todas as múmias e túmulos de faraós, inclusive nas pirâmides, foram saqueados por ladrões desde a Antiguidade. A partir daí, Tutankamon se tornou um dos faraós egípcios mais conhecidos do mundo, e objeto de um sem número de estudos. Em cores vemos a máscara mortuária de Tutankamon, feita de ouro maciço e gemas

http://www.fascinioegito.sh06.com/tutface.jpg
http://www.fascinioegito.sh06.com/
Muito se tem especulado sobre como teria ocorrido a morte do jovem faraó, havendo sido levantadas várias hipóteses, a partir do estudo de sua múmia razoavelmente preservada, sendo a mais corrente, no momento, a de que ele morreu de uma fratura no crânio, causada pela roda de um veículo em alta velocidade, ao cair de seu carro de combate durante uma batalha. Estudiosos também fizeram a reconstituição de seu rosto a partir de medidas do seu crânio, chegando-se ao resultado acima, onde se vê um indivíduo jovem, de característica tipicamente negroides, com o crânio artificialmente deformado, como era costume no Egito. Isso era considerado um sinal de beleza.


(visite o blogue construindopiaget.blogspot.com.br)

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