segunda-feira, 23 de outubro de 2017

PADRES DO DESERTO

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Disse o abade Hiperéquios: “O monge que vela transforma a noite em dia, pela assiduidade à oração. O monge que espreme o coração e expulsa as lágrimas atrai a misericórdia do céu”.

Alguns irmãos foram onde o abade Felix na companhia de postulantes e lhe pediram para dizer uma palavra. O ancião se calou. Solicitado com insistência, disse-lhes enfim: “Quereis escutar uma palavra?” “Sim, Pai”, responderam eles. Disse-lhes pois o ancião: “Agora, não há mais palavras. Quando os irmãos interrogavam os Anciãos e cumpriam o dito, Deus inspirava nos Anciãos a maneira de falar. Atualmente, como interrogam e não põem em prática o que escutam [por que o fazem por pura curiosidade e modismo], Deus retirou dos anciãos a graça da palavra, e estes já não sabem mais dizer, pois não há quem as execute”. Escutando essas palavras, os irmãos gemeram e disseram: “Pai, ora por nós”.


Certo dia o abade Teodoro e o abade Ouro faziam um trabalho de manutenção, embarrando o teto de uma cela, quando começaram a dialogar entre si: “Que faríamos, se perguntavam eles, se Deus nos viesse visitar agora?”. Então se puseram a chorar e, abandonando o trabalho, retirou-se cada um na sua cela. 
Como muito bem falou Frei Ignacio de Larrañaga: "o principal sinal da ação do Espírito Santo na vida da pessoa é a autocrítica". 

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