ABIAS
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Foi o nome de um dos filhos de Jeroboão I, o primeiro rei de Israel, mas que
morreu ainda criança.
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Outro Abias, mais presente nas páginas da Bíblia, foi o quarto rei da linhagem
de Davi, que reinou em Judá de 913 a 911 a.C. Os dados sobre esse rei são
contraditórios, o que espelha bem o momento de seu reinado, quando o reino dravídico
se dividiu em dois: Israel, ao norte, e Judá, ao sul, seguido de uma série de
combates abertos e escaramuças para definir o limite da soberania, a fronteira
entre os dois reino. As informações da época deviam desabrochar muito
partidarizadas.
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Segundo uma tradição constante em 1Rs 15,1ss, o seu nome seria Abiam, e ele
seria filho de Maaca, filha de Absalão (o filho rebelde de Davi), com Roboão, e
nesse caso ele teria sido infiel ao legado religioso de seu bisavô,
permanecendo no trono apenas por um favor muito especial de Deus àquele. Em 2Cr
13, a narrativa toma um sentido diferente. Nesta, Abias é chamado por esse
nome, mas é filho de Micaías (uma variante de Maaca?), filha de um tal Uriel, e
ele é um homem fiel. Em Crônicas, Abias move guerra contra Jeroboão I – essa
guerra é citada brevemente em 1Rs – e dirige aos seus soldados, antes da
batalha, um comovedor e ortodoxo discurso em favor do deus do povo hebreu, Iahweh,
como na melhor tradição profética, sem falar que, por causa do clamor que seus
soldados levantaram à Iahweh, este os salva de uma derrota certa.
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Em Crônicas, portanto, ele é um rei benfazejo, que recebe um favor
extraordinário de Deus, diferente do que dele se diz em Reis. Este foi redigido
muito antes, e, portanto, traz uma teologia menos elaborada, que tem
dificuldades de explicar um reinado tão breve para um rei aparentemente justo –
entre os mais antigos, um dos prêmios mais aguardados para uma vida justa era exatamente
a longevidade.
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