ABIATAR (ampliado)
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Nome de um sacerdote da família de Eli que vivia numa comunidade de sacerdotes,
provavelmente um santuário, na cidade de Nob, nas terras de Benjamim. Abiatar
foi o único dos sacerdotes que conseguiu sobreviver à fúria de Saul, depois que
ele soube que essa comunidade de sacerdotes havia dado abrigo, alimento e até
armas (a espada de Golias), a Davi e seu grupo, embora o tenha feito sem
qualquer má intenção ou assumido ostensivamente a causa de Davi, conforme pode
se ler em 1Sm 21-22. Seja como for, após o massacre dos 85 sacerdotes e de toda
população civil de Nob, (“homens, mulheres, crianças e recém-nascidos, bois,
jumentos e ovelhas – 1Sm 22,19), pelas mãos de Doeg, o idumeu, chefe dos
pastores de Saul; Abiatar procurou abrigo junto às forças de Davi, que lhe
recebeu de bom grado “Fica comigo e não temas. Pois o que procurar a minha
morte também procurará a tua [a sorte de ambos está irremediavelmente ligada].
Comigo, estarás seguro” (1Sm 22,23).
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É interessante notar nesse episódio a irracionalidade e a inutilidade do mal. Quanto
mais Saul agia e tomava medidas com o intuito de destruir a Davi, mais o
reforçava, como aconteceu nesse episódio, e mais; quando Abiatar foi se
encontrar com Davi levou consigo o efod, um instrumento de consulta ritual,
cuja aparência e manuseio nos é desconhecido, que revelaria, aos olhos dos
antigos judeus, a vontade de Deus a respeito de assuntos diversos, inclusive os
mundanos; algo fundamental para a situação que Davi e Saul protagonizavam
naquele momento, o que deu ampla vantagem ao primeiro.
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Abiatar passa então a fazer parte do grupo mais íntimo de Davi, sendo
responsável, junto com o sacerdote Sadoc, pela organização dos traslados da
Arca da Aliança, tendo inclusive participado numa operação de espionagem, junto
ao rebelde Absalão, mantendo a Davi informado de tudo que se passava com aquele,
tendo inclusive participado da trama que induziu Absalão ao seu erro fatal.
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Mas, sobre Abiatar pairava uma maldição irrevogável, lançada contra um seu
antepassado, o sacerdote Eli (1Sm 2,27ss). Essa maldição tornou-se realidade
quando da morte de Davi, e então Abiatar teve a infeliz ideia de apoiar as
pretensões dinásticas de Adonias, contra Salomão. Derrotado e morto Adonias,
Abiatar foi despido de suas funções sacerdotais e obrigado a se exilar na
cidade levítica de Anatot, onde encerrou os seus dias, ficando assim a estirpe
de Eli excluída em definitivo das funções sacerdotais.
__ Esse desfecho parece nos informar que Abiatar era como que um homem que agia sem muita convicção, deixando-se levar pelos acontecimentos, de forma um tanto inconsciente. Entrou para o partido de Davoi, e foi uma ajuda valiosa, devido as circunstâncias, mas nunca aceitou plenamente essa condição, ou talvez até no seu íntimo julgasse Davi como o responsável pela morte de seu pai e de todos os seus companheiros em Nob, pois, com certeza, poucas pessoas conheciam, como ele, a vontade de Davi em relação ao seu sucessor, e Salomão não apareceu na linha sucessória repentinamente; por isso no último momento, no momento crucial, ele faz a opção errada, e perde tudo pelo que havia vivido até então, e morre em desgraça. É preciso perseverar na fé, mas também é necessário entender e aceitar conscientemente aquilo em que se crê.
__ Esse desfecho parece nos informar que Abiatar era como que um homem que agia sem muita convicção, deixando-se levar pelos acontecimentos, de forma um tanto inconsciente. Entrou para o partido de Davoi, e foi uma ajuda valiosa, devido as circunstâncias, mas nunca aceitou plenamente essa condição, ou talvez até no seu íntimo julgasse Davi como o responsável pela morte de seu pai e de todos os seus companheiros em Nob, pois, com certeza, poucas pessoas conheciam, como ele, a vontade de Davi em relação ao seu sucessor, e Salomão não apareceu na linha sucessória repentinamente; por isso no último momento, no momento crucial, ele faz a opção errada, e perde tudo pelo que havia vivido até então, e morre em desgraça. É preciso perseverar na fé, mas também é necessário entender e aceitar conscientemente aquilo em que se crê.
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