POPULISMO ANÁRQUICO AVASSALA O MÉXICO, OU O
CONTINENTE QUE NUNCA APRENDE; TAMBÉM NÃO QUEREM ENSINAR! CUSTA CARO!
Prof Eduardo Simões
http://www.opensourceinvestigations.com/wp-content/uploads/2017/11/amlo-trump.jpg
__ O povo mexicano votou maciçamente com o fígado,
e escolheu López obrador para presidente de seu país, por um partido, o seu,
cujo nome já dá a medida de seu oportunismo político: MORENA (Movimento de Regeneração
Nacional) – observe-se que o “R” é de “Regeneração” e não “Renovação”; ora, “regenerar”
significa nascer de novo, como se nada do que houve antes prestasse, enquanto “renovação”
seria a retomada de coisas positivas que houveram no passado, além de novas que
se delineiam para o futuro. Mais populista impossível.
__ As elites que dominaram o México, assim como as
que fizeram a história recente da Venezuela, erraram muito, uma vez que jogaram
o seu país na direção do liberalismo econômico e democrático, o melhor regime,
mas não prepararam os seus povos para enfrentar esse sistema, PORQUE NO FUNDO
ELAS TAMBÉM NÃO ERAM, NEM SÃO, DEMOCRÁTICAS NEM LIBERAIS! (existe estrutura
mais antidemocrática, mais paternalista, fora das ditaduras de esquerda, na AL,
que o sistema político do México?) Antes típicas oligarquias latino-americanas eivadas
e sedentas por mais privilégios, que usavam do liberalismo e da democracia, da
mesma forma como Obrador usa da demagogia e do populismo para alcançar as suas
metas pessoais ou de classe; e por isso desprezam, e sempre desprezaram, educação de qualidade para o povo.
__
Jogou por terra decididamente o esquema de eternização do poder pelas
oligarquias, embora pela via torta, a política protecionista do presidente
americano Donald Trump, que provocou um terremoto de grande magnitude na
economia mexicana – a moeda mexicana se desvalorizou mais de cem por cento, e a
grande promessa do NAFTA, um grande baú do tesouro a ser aberto pelo Partido
Revolucionário Institucional ou pelo Partido Ação Nacional, virou areia. Ou
seja, o Eldorado prometido às classes médias mexicanas, que compensaria todos
os sacrifícios do presente, principalmente os dos mais pobres – coisa do tipo
“esperar o bolo crescer para depois repartir” – tão cedo não acontecerá, e
diante da piora geral da situação, os mexicanos, “tiriricas”, se vingaram
votando no exotismo, e pisoteando o Neymar e fazendo gestos racistas para a torcida
brasileira. Nada de novo sob o sol!!!
__ Eis, abaixo, algumas informações sobre Obrador
colhidas nos sites da BBC e do El Pais (em negrito), minhas intervenções entre parênteses:
"As mudanças serão profundas, mas serão
realizadas dentro da ordem estabelecida. Haverá liberdade empresarial, de
expressão, de associação e de crenças" (Não foi essa a promessa de Lula no
primeiro mandato?)
O ex-prefeito da Cidade do México (2000-2006) é
eleito presidente em sua terceira tentativa e com uma plataforma centrada no
combate à corrupção, no fim de "regalias" a políticos e empresários,
na melhora na qualidade de vida dos mais pobres e de revisão de privatizações
realizadas no setor petrolífero (uma iniciativa tão frequente como fracassada)
"As políticas que temos aplicado nos últimos
30 anos não funcionaram. Sequer tivemos crescimento econômico", afirmou
ele em seu último comício, na quarta-feira. "O que cresceu foi a
corrupção, a pobreza, o crime e a violência. Por isso, vamos mandar essas
políticas à lixeira da história." (que ele não se esqueça da criança
dentro da bacia!)
É visto com ceticismo pelo mercado financeiro e
pela comunidade empresarial mexicana, por suas críticas de longa data ao
neoliberalismo e sua promessa de reverter alguns pontos da reforma do setor
energético, no que diz respeito à exploração privada das reservas petrolíferas
do México.
Partidários de AMLO afirmam que o novo presidente
já não é mais tão radical quanto no passado e lembram que ele recrutou
assessores próximos ao mercado financeiro, como um aceno conciliatório. (ou
seja: ninguém sabe o que ele é afinal; os mexicanos assinaram um cheque em
branco)
Ele despontou na política nos anos 1980 como
militante do PRI no sul do país e, na década seguinte, no ativismo em defesa de
causas indigenistas. Em seu Estado natal, Tabasco, chegou a liderar dezenas de
protestos indígenas contra danos ecológicos causados pela exploração de
petróleo nas comunidades.
Na prefeitura da Cidade do México, criou sistemas
de aposentadoria municipais e distribuiu material escolar gratuitamente aos
estudantes de educação básica. (distribuir material escolar é fácil, afinal o
dinheiro não é dele, agora mudar o perfil da educação tradicional, que replica
essa realidade social injusta ele, nem ninguém, sequer imagina)
Eles concluíram que o candidato cultiva entre seus
seguidores a ideia de que o México precisa de um "salvador que o
resgate", algo que críticos também usam para traçar paralelos com o
chavismo. (não sei por que não estou admirado?)
No que diz respeito ao combate à violência, suas
promessas até agora foram consideradas vagas, em geral centradas a uma anistia
aos traficantes de menor porte e uma visão "mais inteligente" de
enfrentamento ao crime. (não foi isso que a esquerda fez no Rio, nesses últimos
anos? Onde acabou?)
AMLO (Obrador) foi um forte crítico de Trump
durante a campanha eleitoral, pedindo "respeito aos mexicanos",
prometendo colocar o presidente americano "em seu lugar" e rejeitando
a política migratória do vizinho.
O curioso é que seu histórico de declarações fortes
e de tom populista, suas críticas ao livre comércio e sua popularidade ao se
apresentar como alternativa aos políticos tradicionais também lhe renderam
comparações com o presidente americano, em um momento de rejeição recorde ao
status quo partidário em ambos os países. (uma esfinge ou um Frankenstein?)
Mas uma diferença crucial em relação ao bilionário
Trump é que AMLO cultiva um estilo de vida simples e prometeu "governar
pelo exemplo, com austeridade". Afirmou que vai cortar o próprio salário,
continuar a morar em sua casa de classe média na Cidade do México e transformar
o palácio presidencial em um centro cultural (nem uma coisa nem outra, apenas a
versão mexicana do uruguaio Pepe Mujica, numa realidade diferente e muito mais
complexa do que a que este encontrou)
Durante essa etapa [como prefeito da Cidade do México] (2000-2005),
Obrador implantou a pensão universal para idosos de baixa renda e sancionou
ajudas a prostitutas e estudantes. Seu grande legado urbanístico foi a construção
de um polêmico segundo andar sobre uma importante artéria da cidade.
Paralelamente, desconcertou a esquerda ao paralisar leis para a
legalização de casamentos homossexuais, uniu-se ao magnata Carlos Slim para
restaurar o Centro Histórico e contratou Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova
York, para reduzir os índices de criminalidade na cidade [Giuliani é
um dos maiores aliados de Donald Trump, hoje]. Naquela época, muitos consideravam que Obrador falava com a esquerda
e governava com a direita.
Não
há dúvida alguma de que esta enorme margem [de votos na eleição presidencial] lhe confere um
claro mandato democrático, embora ninguém pareça saber com exatidão em que ele
consiste. Em não pouca medida porque o candidato buscou calculadamente a
ambiguidade: ao seu próprio partido, o Morena, acrescentou as muletas de uma
formação minoritária, mas ultraconservadora e abertamente evangélica;
intranquilizou os empresários para depois, em um grande golpe de efeito,
distender o ambiente e marcar um gol; muitos jovens viam com receio a sua agenda
sobre direitos sociais, casamento homossexual e aborto.
Não
poucos temem que a ampla maioria obtida por López Obrador desemboque em um
exercício do poder presidencial sem limites, no qual as contas públicas se
descontrolem e o déficit dispare em uma espiral infernal, que a América Latina
conhece bem demais. Junte-se a isso um retrocesso na independência judicial ou
na liberdade de imprensa, e aí estará o barro com o qual se constroem os
pesadelos dos mais críticos com o futuro presidente do México.
O
enfraquecimento dos demais partidos, tanto do PRI como do PAN e do PRD, altera
de forma radical o tabuleiro político existente. Em outras palavras, o
desaparecimento do regime de 1988 não contribui exatamente para os equilíbrios
necessários em uma democracia: a tentação de um presidente sem contrapesos
políticos pode ser forte demais para uma democracia jovem como a mexicana.
__ Vejam essa atitude bizarra tomada por Obrador, em 2006, quando perdeu
a eleição para a presidência da República, narrada pelo El País
Em
21 de novembro de 2006, Andrés Manuel López Obrador sonhou com uma noite como a
deste domingo. Abriu caminho entre a multidão, avançou pelo Zócalo, a praça
mais central da capital, e subiu a um palanque de madeira onde tomou posse como
"presidente legítimo" do México.
Há
quase 12 anos, o homem que foi eleito presidente neste domingo [01/07/2018], vestido
de terno e gravata, esticou o braço e colocou uma faixa tricolor que lhe
cruzava o peito, com a qual prestou juramento no cargo e nomeou um
"gabinete legítimo", diante de dezenas de milhares de simpatizantes.
Durante muitos meses, na
rua Mariano Escobedo y Gutenberg, falsos ministros despacharam em escritórios
vazios, nos quais só havia um telefone e um papel com o seu nome, acompanhado
da expressão "secretário legítimo de...". A única decoração nas
paredes era uma foto de Obrador olhando para o infinito, com uma falsa faixa
presidencial cruzando-lhe o peito.
__
A impressão que fica depois disso é que os mexicanos são muito mais corajosos
do que nós, brasileiros, afinal eles como que elegeram Tiririca à presidência,
ou como dizem alguns outros: “loucura pouca é bobagem!”
__
Ai dos pobres!!
Álbum
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Para a pequena burguesia raivosa.
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Para os tradicionalistas.
https://cdn.newsapi.com.au/image/v1/8d90a35cb59792bf9fd6babb4c0f1ab0
Para jovens e beautiful people.
https://i2.wp.com/nossapolitica.net/wp-content/uploads/2018/07/amlo-andres-manuel-lopez-obrador.jpg?resize=810%2C449&ssl=1
Para os humildes.
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Para a realidade.
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