SABEDORIA
PARA ESCOLARES-II
Prof
Eduardo Simões
As pessoas
vivem, enquanto são lembradas, e morrem, quando são esquecidas.
Quantas pessoas não há que causam tantos
dissabores aos outros, que as vítimas, não raro, dizem: “não quero nem me
lembrar disso!”... ou “dele (a)”, como se a simples menção dessa pessoa magoasse
uma cicatriz já fechada. As pessoas que causam esse mal-estar, que em geral são
golpistas imaturos, e se consideram muito espertas, embora estando ainda nesse
mundo, na verdade estão mortas para muitas pessoas, e o seu destino é o
esquecimento geral rápido.
Bem diferentes são aquelas, ou aqueles,
que, buscando ajudar aos outros, criam uma boa memória ao seu redor, de tal
sorte que muitos lamentam seu afastamento ou partida desse mundo. Estes, mesmo
estando mortos, são rememorados com prazer ou saudade e essa memória faz com
que eles, mesmo ausentes, continuem a atuar no mundo, de alguma forma modificando-o,
ajudando a melhorá-lo. Alguns, devido ao seu elevado caráter ou circunstâncias
históricas, chegam a se transformarem em monumentos, e são relembrados por milênios,
depois de sua passagem neste mundo... pelo bem que fizeram.
Esse dito de sabedoria nos recomenda
duas coisas:
Primeiro, que cada um cuide bem da
sua imagem, da memória que pretende deixar para o seu próximo, de tal sorte que
cause saudade e não horror, e desejo de esquecimento.
Segundo, que cada um assuma o fardo
de suas escolhas com sinceridade; com as suas consequências, pois não há coisa
pior do que o medíocre, o inconsciente, o que só faz porque viu os outros
fazerem. Foi a respeito dele que um autor sagrado deixou uma mensagem preocupante
de Deus, para quem age assim: “Conheço as suas obras, e sei que você não é frio
nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente. Assim... estou a ponto
de vomitá-lo de minha boca” (Ap 3, 15-16)
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