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MALDIÇÃO DA VERDADE 4 – “VIVA A VERDADE, CUSTE O QUE CUSTAR”
Prof
Eduardo Simões
Obrigado
aos amigos de Estados Unidos, Brasil, Portugal, Ucrânia. Que esse blog vos seja
útil, que Deus os abençoe.
http://pnsdr.com/img/frase/ma/lc/malcolm_x_sou_pela_verdade_na_ol.jpg?1440770831
http://pensador.uol.com.br/
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Em um vídeo recente o comentarista Josias de Souza, que sempre faz excelentes
artigos sobre o impedimento de Dilma Rousseff, alerta desconsolado: “podemos
ter certeza de que, no poder, o PMDB trabalhará 24 horas por dia contra a Lava
Jato”. Eu não duvido...
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Mas e aí? Será que por causa disso devemos nos abster e enrolar aquela que é a
bandeira de todo brasileiro, que ainda não perdeu o juízo ou a dignidade, de
que esse governo está acabado, e atender ao clamor dos petistas que nos alertam:
“se vocês pensam que derrubando Dilma as coisas vão melhorar, estão muito
enganados”?
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Essa argumentação, porém, peca, e muito, porque retoma o pior dos vícios dos
antigos brasileiros: só fazer uma coisa quando esta lhes dava vantagem; a lei
de Gerson, Joaquim Silvério dos Reis (alguém ainda se lembra?), Roberto Campos,
etc. não me deixam mentir. É a ideologia do Brasil imaturo, deitado em berço
esplêndido, eterno candidato a potência mundial, que sempre falha quando está
prestes a alcançar seu objetivo, como agora. É o Brasil viciado em fracasso, por
excesso de “esperteza” e falta de sabedoria. Entre a desonra e a pobreza nós, quase
sempre, escolhemos a desonra... E não conseguimos evitar ou diminuir a pobreza.
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Não meus amigos não. Uma pessoa e as sociedades maduras fazem as coisas
simplesmente porque é correto fazê-las. Se a lei existe, ela deve ser cumprida,
se existe crime, ele deve ser apurado e os autores punidos, independente de sua
estatura, dignidade ou riqueza, e independente dos efeitos que essa punição
pode acarretar. A nação não pode ser chantageada pela violência cega de grupos
que, supostamente representam interesses sociais.
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O exemplo mais sublime dessa maturidade psicoemocional nacional, nos tempos
modernos, foi dado justamente pela pequenina Bélgica, na pessoa de seu rei
Alberto I, que, em 1914, confrontado com um telegrama do kaiser alemão,
exigindo que ele abrisse as fronteiras, para as tropas alemãs cercarem o exército
francês, tornando-o cúmplice da derrota de seu vizinho, disse um sonoro “NÃO”,
apesar de seu exército ser uma mísera fração do alemão, tendo Alberto,
posteriormente, presenciado a destruição de seu exército, o exílio, a ocupação
de seu país, o massacre de sua gente – que nunca lhe cobrou por isso, antes
exigiu a renúncia de Leopoldo III, que preferiu se render a Hitler a fazer o
que o pai fez – e... a vitória final de sua causa. É por isso que ainda, ainda
hoje, tudo que acontece na Bélgica comove tanto a Europa.
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Devemos, pois, lutar para que o processo de impedimento da atual presidente e
sua quadrilha avance, porque é o correto a fazer agora. O que virá depois, por
enquanto, deixemos aos analistas, que estão longe de serem profetas e muito
menos infalíveis. Não vamos viver o presente em função de nossos medos
imaginários, de fantasmas que ainda nem se manifestaram, por mais prováveis que
sejam, porque é isso que nos arrasta ao oportunismo de sempre, à tomada medidas
defensivas moralmente insustentáveis.
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Mas poderá haver crises e sofrimento! O sofrimento é condição para a maturidade
e uma forja de heróis, e porque muitos se recusaram a serem heróis no passado,
ainda que para o bem de seus filhos, muito, senão todos, precisarão ser heróis,
para que esse país não seja tragado pela montanha de omissões, problemas e
contradições, acumulados por tantos séculos, debaixo do tapete de nossa história.
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Precisamos também aprimorar o nosso grito de guerra para algo mais construtivo
e duradouro, que os batidos “fora PT”, “Lula na prisão”, etc. Que o nosso grito
seja: “Viva a Verdade, Viva a Verdade, custe o que custar”. Isso é tudo que esse
governo e a oposição falida desse país não querem.
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