sábado, 5 de março de 2016

LULA CONTRA OS MOINHOS DE VENTO

Prof Eduardo Simões

Obrigado aos amigos do Brasil, Estados Unidos e  Tailândia. Que o blog vos seja útil. Deus os abençoe.

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__ Foi muito extravagante, no mínimo, a reação do Presidente Lula, no sindicato dos bancários, ao fato de ser tratado como um cidadão comum, e ter que dar explicações na polícia sobre o envolvimento de seu nome, delatado por alguém de sua estrita confiança, num dos mais graves crimes já cometidos contra o patrimônio e as instituições da jovem democracia brasileira – a repetição, dia após dia, de fatos moralmente tão baixos e graves solapa sobremaneira a fé que as pessoas possam ter nas instituições democráticas, normalmente mais lentas que as nossas ansiedades e inseguranças, mas indispensável á sobrevivência daquelas – da mesma forma como acontece com os homens mais comuns e pobres, que ele, em seu discurso, diz representar.
__ A minha primeira impressão foi a de que ou ele está esquizofrênico, vive em um mundo de fantasias, ou é um dos maiores irresponsáveis que já passaram pela nossa vida pública. Como um homem que vive a expensas dos maiores poderosos grupos econômicos do país, pode assumir o discurso de defesa dos mais pobres? Quem são “eles”, que tanto transtorno levam à vida do “pacato” e “injustiçado” cidadão chamado Luis Inácio Lula da Silva, se o governo do país está entregue às mãos de seu partido, a uma pessoa de sua estrita confiança, com esmagadora maioria no Congresso Nacional? Ao misturar e questão legal com a questão política, sem tocar na questão moral, o ex-presidente ficou cada vez mais parecido com outro presidente: Eduardo Cunha, que declarou guerra de morte à afilhada daquele, sem deixar de aproveitar-se do crime comum.
__ Colocar-se como vítima da Polícia Federal e da Imprensa em ajuntamentos de pessoas imaturas, e por isso facilmente sugestionáveis, aproveitando-se do compulsivo culto da personalidade tão comum às esquerdas latino-americanas, infensas ao regime de rotatividade do poder, ele açula gente furiosa contra instituições republicanas e democráticas em pleno exercício de sua função. O que ele espera? Que seus militantes se interponham aos agentes da Polícia Federal para que não se cumpra um mandado de prisão ou, quiçá, para dar tempo de destruir provas? Que seus militantes, pela violência, impeçam que televisões, rádios e jornais divulguem aquilo que amigos, petistas e ex-petistas, encurralados pelas provas ou inconformados com a falta de vergonha, fazem questão de revelar? Que se criem órgãos coletivos de censura para deter o afluxo de informações comprometedoras? Que eles invadam sessões dos tribunais e parem, no grito, um julgamento em curso? O que seus militantes vão fazer às ruas? Agredir e ofender as pessoas que não concordarem com eles? Inaugurar o “arrastão” petista? Achar que as coisas serão resolvidas no grito, nas ruas, é pensar o Estado moderno no padrão dos estados atrasados do século XIX, algo inimaginável em alguém que se apresenta como o melhor governante do mundo no início século XXI, afinal é só trocar umas letrinhas!
__ O que ele fará se eleito? Extinguirá a Polícia Federal ou entregará o seu controle, como se fora um brinquedinho, a um de seus filhos ou amigos prediletos? Chamará algum censor centenário, do tempo da ditadura Militar, para ensinar aos petistas mais jovens e pouco cultos como é que se faz o ofício? Determinará o controle estrito do Judiciário, como fez o companheiro de aventuras políticas Hugo Chaves, da Venezuela, uma ex-potência da América do Sul transformada em país inviável?
__ As instituições do moderno estado democrático lembram-me majestosos e plácidos moinhos, cujas pás, as leis, são movidas ao sabor dos ventos da história, enquanto tritura, inexorável, as pedras que se interpõem no caminho do seu autodesenvolvimento e bombeiam, para fora de nós, o medo atávico do caos social. Pois bem, é contra esses moinhos, a duras penas erguidos em solo brasileiro, que se levanta a patética figura de Lula, uma sombra do que já foi, acompanhado de um dos mais espantosos exércitos de Brancaleone de nossa história, para desmontar, pedra por pedra, essas estruturas, pedras angulares de nossa república, da mesma forma como se fez com os fundamentos da economia.
__ Um profeta já alertou sobre o que acontece com quem se volta contra a pedra angular...

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Defendendo o direito e o dever da imprensa de denunciar os crimes da Ditadura Militar.

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Acuando a imprensa por denunciar os seus crimes.

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