O
PORQUÊ DA PERFORMANCE DO PELADÃO SER MUITO INCONVENIENTE
Prof
Eduardo Simões
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Não
é natural? Não é apenas arte? Então por que as crianças riem tanto, numa reação
típica de quem está sob intenso constrangimento, mas não tem liberdade para
expor o seu desconforto? As meninas da esquerda se aproximam num aparente movimento de defesa mútua ou como a dizer: "você está vendo o que eu estou vendo?". A menina da direita está com o punho esquerdo cerrado, se afastando! Atrás, adultos aplaudem! Pobres crianças!
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A primeira coisa a considerar é que a nudez, em si, nada tem de imoral ou
inconveniente, pois é apenas a mostra dos resultados da evolução em nós,
portanto nada há que temer da presença de crianças em populações indígenas ou,
com mais ressalvas e cuidados, em colônia de nudismo. Duas coisas, porém, devem
ser consideradas com muita atenção: o contexto social do fato e seus
desdobramentos e as peculiaridades da fase infantil dos seres humanos.
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O que deve ser considerado em primeiro lugar, portanto, qual o significado da
nudez em nossa sociedade, que participa fortemente da formação de nossas
crianças, quer os esquerdistas queiram ou não – nessas horas eles ignoram o
determinismo ideológico de “São Marx”, justificado justamente por esse motivo,
a influência social – definido por milênios de evolução, e que não pode ser
banido, sem sérias consequências, de uma hora para outra.
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A nudez, em primeiro lugar, é a condição indispensável para a nossa higiene
pessoal mais profunda, e que pode ser perfeitamente praticada pela família em
conjunto, nada de mais!, porém ela é também o prelúdio do ato procriador, o
qual, em virtude das características físicas e psicológicas da criança, é
completamente inadequado, imoral e criminoso, de onde o horror, a confusão e o nojo
provocado em todos, principalmente nas vítimas, pelos atos de pedofilia. Fora
isso, a nudez de um adulto num ambiente público é sinal de desordem mental,
quando o adulto não consegue mais perceber convenções sociais.
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A criança aprende, dia após dia, ao longo de seus verdes anos, a conveniência e
a adequação de mostrar-se vestida para os outros, e esperar que os outros façam
o mesmo, embora seja natural que até os 4 anos, mais ou menos, em função da
cultura e das condições financeiras da família, que ela ande nua pela casa com
a maior naturalidade, sem correr nenhum risco de agressão; pelo menos era assim
nos meus tempos de garoto, quando tudo, inclusive as roupas, eram escassas ou
caras e o Brasil, o país era mais “machista” e havia menos esquerdistas. Hoje
nem bebês de colo estão protegidos de ataques sexuais.
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A partir dos cinco anos as crianças já introjetaram os padrões de comportamento
básicos da sociedade e reagem instantaneamente, afastando-se, fugindo ou rindo
e apontando o dedo a um adulto que inesperadamente aparece nu, e num movimento
cultural de defesa correm para pais, parentes e adultos conhecidos mais
próximos. E essa atitude é extremamente necessária, para a aprendizagem de uma
lição fundamental na fase seguinte, adolescência e puberdade: não importa se a
pessoa ao meu lado é sexualmente muito atraente, eu devo respeitar o seu
direito de não me achar atraente e a conveniência de me ligar mais intimamente
com esta pessoa: ainda somos animais “racionais”, creio!
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Para um adulto muito treinado nas convenções sociais é fácil perceber o momento
de tirar a roupa para uma performance, num museu, e de usá-la em outros
ambientes, mas assim não é com as crianças, que estão em processo de
aprendizagem social, e a frequência continuada em eventos como esse só pode ter
um significado: “não tenha receio, pois adultos nus, estranhos ou familiares,
estão apenas querendo brincar!” Homens se comportando como crianças, porque
estão embriagados, nus, banhando-se à beira de um lago ou rio, são ótimos companheiros
de brincadeiras! O tio grudento, que inesperadamente aparece nu em seu quarto,
está apenas querendo brincar.
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Ao não cultivarmos e defendermos valores sociais adequados para cada fase da
vida humana, estamos, mandando mensagens contraditórias para as crianças, cujo
cérebro, até certa idade, só funciona na base do preto ou branco, pode ou não
pode em termos absolutos, bem diferente dos adultos, dificultando a formação de
barreiras psicológicas, estas sim, naturais, que permitam à criança sobreviver
ao mundo dos adultos, que para elas, até certa idade não faz o menor sentido,
principalmente num páis onde vemos crescer a cada ano o índice e a gravidade de
ataques pedófilos, sem falar do número e precocidade de futuras mamães.
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No passado, quando discutíamos política, tínhamos certeza que o respeito às
crianças deteria as propostas mais ensandecidas da esquerda ascendente, hoje,
com esta já decadente, não tenho tanta certeza...
Resposta à jornalista
Rita Lisauskas
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Em meio às celeumas provocadas pelo festival de agressão às crianças,
patrocinadas pela performance no MAM, destaca-se um artigo da jornalista R.
Lisauskas, que, eu peguei no site do Estadão, datado de 30/09/2017, a meu vez o
retrato perfeito da distorção que a esquerda, em desespero, criou ao redor
desse tema, fazendo aflorar o que há de pior nela, na esquerda... é claro.
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A primeira coisa que chama a atenção é o título “A mãe que os reacionários exigem que eu seja”, pois destila uma
virulência ímpar, ao lado de um ego fora de controle. Quem, alguma vez,
disputando sobre essa malfadada performance, lembrou-se de citar Rita Lisauskas?
Por que esse “eu”? Temo desapontá-la, mais devo dizer que nem tudo gira em
torno de você, minha cara. Outra coisa que também chama a atenção é o termo “reacionários”,
para que ninguém tenha dúvida que a autora é esquerdista, e que, portanto,
tende a levar, compulsivamente, todas as coisas para o viés político. Será que
um dia irão convocar uma assembleia para revogar a lei da gravidade?
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A segunda parte do título também é “sensacional”: “e que eu não vou ser nunca, jamais, em tempo algum”. Quatro negações em uma única
frase, dando a entender que Lisauskas ainda não conseguiu sair da primeira
adolescência, quando as crianças, em geral, são tomadas por uma compulsão autoafirmativa,
dizendo “não, não, não”, para tudo que os pais acham, e até a própria criança,
razoável, mas esta não pode dar o braço a torcer. Noutro cenário seria uma
forte manifestação de birra: “não quero, não quero, não quero”.
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Mas não é só ao próprio ego que a articulista mostra apreço incomum; ao longo
de um artigo de uns seis parágrafos, ela cita o órgão genital masculino, e outras
expressões análogas, como “fálico”, “falocentrismo”, etc. pelo menos treze
vezes. A frase “um pênis é apenas um
pênis” é citada três vezes, uma vez isolada entre pontos, como que só para
chamar a atenção! Até parece que a jornalista não acredita muito na frase que
fecha a matéria: “um órgão [o falo] que é extremamente superestimado, precisava
contar isso também para vocês”. Acho que não é tanto o caso de contar para
os outros do que convencer-se a si mesma.
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A jornalista também mistura coisas bem diferentes – o show de Anitta, a
exposição do Queer Museum, a performance do pelado – mostrando aparentemente
que não sabe classificar, ou seguindo a cartilha marxista clássica, põe tudo no
mesmo saco: todo mundo que é dono de meio de produção é burguesia, logo é o
inimigo, e de outra, quem não é proprietário dos meios de produção, é operário,
logo é aliado. Não fica claro, aí, uma das causas do monumental fracasso da
esquerda? São três coisas bem diferentes, que num momento apenas mexem e noutro
agridem e violentam o direito das crianças de saberem e experimentarem as coisas,
apenas no tempo em que já estão preparadas para saberem e experimentarem.
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A jornalista vociferou apaixonadamente a sua ideologia e o seu conceito
superficial de arte, mas em nenhum momento citou a natureza e as necessidade intrínsecas,
naturais, das crianças, inclusive a sua, e nem mostrou interesse nisso, embora,
pasmem, ela seja articulista da revista Crescer,
da Editora Globo, dedicada aos cuidados e educação de crianças.
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NOSSAS CRIANÇAS ESTÃO EM SERÍSSIMO PERIGO.
https://emais.estadao.com.br/blogs/ser-mae/wp-content/uploads/sites/178/2017/09/James-Vaughn.jpg
Esse
quadro, de James Vaughan, ilustra o artigo de Lisauskas, no site do Estadão,
representa o modelo de mãe ideal dos anos 50 e 60, que Lisauskas disse que não
será “jamais, nunca, em tempo algum”, mas que eu tive a sorte de ter. Maria
Leda é a lembrança mais maravilhosa que eu guardo de minha infância e
certamente, junto com a da família que criei, uma das mais maravilhosas que me
acompanharão até o final, fazendo ter valido a pena o sofrimento que é viver
neste mundo. Mãe 24 horas por dia, ela jamais colocou qualquer coisa desse
mundo à frente do bem-estar de seus cinco filhos! Sofreu angústias, dores, incompreensão,
certamente, mas onde é que se vive ou se trabalha sem sofrer isso? Como eu
lamento, lamento, lamento, que muitas crianças deste país, e até do mundo, não tenham
a mãe que eu tive, e por não ter a capacidade de amar como minha mãe me amou!
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