CINGAPURA
SE RENDE - PISA DESMORALIZADO - LAURO OLIVEIRA LIMA TINHA RAZÃO.
Prof
Eduardo Simões
http://news.asiaone.com/sites/default/files/styles/w641/public/original_images/Dec2013/students_singapore.jpg?itok=4hM2PKpK×tamp=1386148633
http://news.asiaone.com
Frustração: “Ah, se eu conseguisse que os meus alunos,
pelo menos, acompanhassem o jornal da televisão, vez ou outra!
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Na edição online da agência de notícias inglesa BBC, em português, de 11/03/2017,
nossa atenção é chamada para o título: Porque
Cingapura, 1ª no ranking mundial, quer reduzir o foco em notas na escola. O
texto é claro, a eterna campeonissima do PISA está ansiosa por saltar do
“barco” behaviorista e safar-se dos efeitos maléficos de uma educação feita
para amestrar animais de circo ou ratos de laboratórios, que como certos
psicólogos e gestores educacionais enxergam como seres humanos (matéria
completa http://www.bbc.com/portuguese/internacional-39203674).
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Segundo o texto do site, escrito por uma das autoridades educacionais mais
prestigiadas em Cingapura, a professora Lim Lai Sheng, que tem alguns vídeos
bem provocadores já postados no Youtube, um dos quais é Today’s Students Tomorrow’s Underemployed’s (alunos hoje,
subempregados amanhã), já começa dizendo a que virá essa nova reforma: criar “uma postura mais positiva nos alunos e em
sua capacidade de enfrentar situações adversas”, que jamais poderão ser
reproduzidas em canhestras provas de múltipla escolha ou em currículos
escolares que privilegiam essas provas.
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Em seu livro Mutações em educação segundo McLuhan, de 1971, Lauro Oliveira Lima
diz provocador: “Já não se pode dizer que
a escola é uma “preparação para a vida”, uma vez que só os profetas podem
prever como será a vida das crianças que hoje entram na escola. Uma disciplina
que prepararia o aluno para a vida... seria Ficção Científica... O que os alunos precisam para enfrentar o ano
2000 é da flexibilidade operatória de seus esquemas de assimilação e não de respostas aprendidas (learning, dos americanos) [que é o
que praticamos compulsivamente na preparação para exames como SARESP, AAP,
PISA, etc.]. Quanto menos hábitos
intelectuais fixos e mais poder de adaptação à situação nova [ou “adversa”,
como diz a senhora Lim] mais preparado
estará o jovem para a vida... A evolução da educação não procurará mais...
separar [como acontece na escola atual], mas integrar o homem no seu contexto
universal. A expressão “preparar para a vida”... tornar-se-á um absurdo. Não há
uma vida previsível para a qual se possa preparar alguém. A todo momento,
através dos retro-efeitos (feedback)
a vida irá se transformando, segundo uma lei geral das probabilidades (auto-regulação). Foi a estratificação da sociedade
que criou a necessidade de escola [e de exames de comprovação por mérito]: a escola foi mais um instrumento de
estratificação da vida (desestimulação da criatividade), que fator de
reequilibração permanente. A tecnologia levou, de roldão, em sua permanente
criatividade, a estabilidade cíclica [a anualidade escolar] dos sistemas simbólicos (arquiteturas
puramente ideológicas)” (14ª edição; Vozes; 1985; p 14-15 e 60-61). Bem no
alvo! Os cingapurianos descobriram isso, com 46 anos de atraso! Nós, os
brasileiros, quanto mais ainda vamos esperar?
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O resultado da busca exclusiva por excelência acadêmica e primeiras notas em
exames, por Cingapura, diz a senhora Lim, fez as escolas “se tornarem espaços estratificados e competitivos [não é esse o
objetivo do behaviorismo americano?]. Famílias
com renda mais alta têm mais capacidade de oferecer às crianças atividade
extra... aulas de reforço... Os que não podem arcar com esses custos dependem
da motivação pessoal das crianças, e dos recursos oferecidos pela própria
escola...” Ou seja: a escola “made in PISA”, baseada no desempenho
acadêmico e no controle por meio dos exames, agrava as desigualdades sociais,
justo aquilo que a escola se propõe combater. É o fracasso completo! A melhor
resposta a isso é o modelo finlandês: escola pública, para todos sem exceção e
sem busca pelo desempenho, antes pelo desenvolvimento integral da criança. Uma
educação, vista a partir do que é essencialmente humano, e as pessoas tratadas
como fator e estratégico fundamental, algo muito difícil em uma sociedade tão
marcada pela escravidão como a nossa.
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A descrição dos males, pela senhora Lim, prossegue: “A divisão social no país está cada vez maior, porque as práticas do
sistema educacional baseadas no princípio da meritocracia que renderam elogios
a Cingapura não promovem mais a mobilidade social como deveriam. Está em curso um trabalho para combater tudo no
sistema que esteja prejudicando a coesão social [a preocupação com a “coesão
social” foi, segundo Pasi Sahberg, um dos pilares da reforma do sistema escolar
finlandês, em 1970]... Essa atualização
terá de assegurar que o país possa criar uma sociedade mais justa, construa um
sólido pacto social entre seus cidadãos e, ao mesmo tempo, desenvolva suas
capacidades para a nova economia digital. As políticas estão se distanciando da
obsessão nada saudável de pais e alunos por notas e vagas nas melhores escolas
e enfatizando a valores e princípios. Escolas estão sendo encorajadas,
especialmente as do ensino fundamental, a riscar do currículo exames padrões e
focar no desenvolvimento integral da criança”.
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A base psicológica para as mudanças foi encontrada no trabalho do americano
Martin Seligman, da Pensilvânia. “ O
modelo proposto por Seligman sustenta que o sucesso acadêmico e o bem-estar
formam uma dupla hélice, e que a melhor educação deve ensinar crianças sobre
valores e caráter bem como a interagir com outras pessoas, estabelecer metas
para elas mesmas e trabalhar para alcançar esses objetivos. A "educação
positiva"... trabalha para criar uma cultura escolar de relações baseadas
em atenção e confiança [algo que jamais será alcançado com a fiscalização
compulsiva e a obsessão por controle como existe hoje, por exemplo, nas escolas
de São Paulo]. O foco está em desenvolver
habilidades emocionais, intelectuais e encorajar um estilo de vida mais
saudável...” Isso é uma necessidade humana fundamental, que as nossas
autoridades educacionais esqueceram!
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Até o Ensino Médio perde o seu caráter obsessivamente profissionalizante, e se
abre para uma formação mais geral. “No
ensino médio do país, programas ensinam jovens a serem mais empáticos,
socialmente responsáveis e ativos em suas comunidades, estimulando o trabalho
com idosos, migrantes e crianças em creches - cujos pais trabalham em tempo
integral”. Que diferença do que se está querendo implantar em nosso país! As
reformas alcançam inclusive o nível superior: “houve iniciativas pedindo que escolas e faculdades tivessem um processo
de admissão mais flexível, com a avaliação de qualidades como motivação,
resiliência e entusiasmo... Em nome
da equidade, o Ministério da Educação também tentou distribuir recursos de
forma mais uniforme em todas as escolas, promoveu um rodízio de diretores mais
experientes naquelas que precisam de mais atenção. De forma geral, as
autoridades defendem uma definição mais ampla de sucesso, que vá além das notas
acadêmicas. Mídia e escolas de elite têm sido desencorajadas de fazer propaganda de
seus melhores alunos e suas respectivas conquistas acadêmicas”.
Coitados dos cursinhos de lá! Se é que tem algum! “Trata-se de uma abordagem mais suave, enfatizando valores e princípios
e tentando aprimorar o elo entre escola e trabalho. É a busca para a próxima
fórmula da educação em Cingapura”.
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É, enfim, o esvaziamento proposital, estratégico do culto às provas e exames
que se tornaram, em nosso país, em especial no nosso estado, uma compulsão
nacional, em favor de uma avaliação mais abrangente e voltada para a adaptação
do jovem ao ambiente social, ao trabalho, que é muito mais que saber dos
princípios que movem as máquinas, os sistemas de informação, as transformações
bioquímicas, etc., à vida, que sempre foi muito maior que a instituição
escolar, à qual nossas “autoridades” teimam reduzi-la.
http://swt3hss.s1.vatitude.com/qql/slot/happenings/ie01/f01b8ccaf_20.jpg
http://swt3hss.s1.vatitude.com/
O que foi que nós fizemos com os laboratórios de ciências de
nossas escolas públicas? Conheci um, em minha cidade, repleto de equipamentos e
de uma infinidade de substâncias químicas, em vidros ainda lacrados, que fora
transformado em quarto de despejo, e camarim de teatro improvisado! Eliminamos os
laboratórios de ciências para substituí-los por experimentos simulados no
computador (dá para adquirir know-how em ciências vendo simulações na TV?).
Agora nossos os professores dão aulas em ciências com cuspe e giz ou amparados
em laboratórios manuais improvisados, insuficientes para o grande número de alunos,
onde quem faz a experiência é quem menos precisa: o professor.
https://static01.nyt.com/images/2009/04/22/world/23singapore2_600.JPG
http://www.nytimes.com
As garotas islâmicas de Cingapura estão muito mais preparadas
e competentes para o ramo das ciências e sobreviver no mundo do futuro, que a
maioria dos alunos de nossas escolas públicas. Nada substitui a experimentação PESSOAL.
O mestre com a palavra
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Lauro O Lima tem um capítulo magistral e profético sobre avaliação no seu Escola secundária moderna, de 1976.
Ouçamo-lo:
“A seleção dos mais aptos... não se deve basear
em “conhecimentos atuais” apurados numa emergência (por exemplo vestibulares e
exame de admissão), mas nas aptidões gerais constatadas em longos e meticulosos
períodos de observação [o fim do vestibular!]. Quando a observação não é correta os privilegiados levam vantagem”.
“O conceito de verificação de rendimento
escolar, portanto, tomou outro sentido: “não é mais o meio para reprovar
alguns... mas recurso para diagnosticar os alunos que merecem auxílio
suplementar... por vezes um prato de sopa [a fome] é a diferença entre aprovação e reprovação”. A fome de pão, muito
presente naquela época, foi parcialmente removida pela merenda escolar, mas e a
fome de atenção e afeto, em meio ao colapso das famílias?
“Usar provas e exames como recurso de coação
para promover o estudo não só demonstra a incapacidade do professor para
liderar a classe, como cria tensões psicológicas altamente prejudiciais... o
medo é fonte de desajustamento”. Essa tensão foi hipocritamente atenuada
pelo método da aprovação automática, sem um atendimento extra adequado aos
alunos com dificuldade. E para provar que nossas autoridades não mudam, os
exames continuam “recurso de coação”, usado agora contra os professores, que
tem seus ganhos atrelado ao rendimento de seus alunos em provas que não passam
de uma grande farsa!
“o sistema de verificação que consiste em
comparar alunos entre si [com acontece no SAREP, PISA, AAP, IDEB, etc.] não só é profundamente injusto (dadas as
diferenças individuais) cm provoca hostilidades, desavenças, quebrando a
desejável solidariedade que deve ser cultivada na juventude... As comparações
criam competição, ódio, inveja, desânimo [quebram a coesão social; não é
isso que os cingapurianos estão descobrindo hoje?]. Uma escola deve ser um centro de treinamento da cooperação [veja
uma escola assim em https://www.youtube.com/watch?v=nDXDrvd1utE].
““Se o aluno não aprendeu, o professor não
ensinou”... não descobriu a forma própria com deveria para orientá-lo ou as
causas que impediram a aprendizagem [impossível hoje nas salas superlotadas
das escolas paulistas, com o dobro de alunos das congêneres europeias e
americanas]. O professor deve ser um especialista em diagnosticar e em orientar
aprendizagem”. Não é isso que se tenta fazer, hoje, nas escolas de tempo
integral, e mesmo na atual reforma de Cingapura (ver o artigo completo), embora
no caso brasileiro essa pressão toda não é tanto para promover o bem do aluno,
mas para compensar uma certa “má impressão” de que o nosso professor “trabalha
pouco”.
“Não deve haver horas especiais de
verificação... Foi o sistema de aulas expositivas que criou a necessidade de
testes, provas e exames. Substitua-se o processo pela atividade e desaparecera
o imperativo das avaliações cíclicas”.
“O sistema traumático das provas e exames
mede menos o rendimento real e as aptidões que o equilíbrio emocional... Provas
e exames medem mais a resistência emocional que o nível intelectual”.
“Os alunos devem ser educados para a
solidariedade... e não para a desenfreada competição”. É o que os
cingapurianos buscam agora, seguindo as pegadas dos finlandeses, enquanto nós
nos sentimos à beira da guerra civil ou já a experimentamos de uma forma não
oficial, na criminalidade crescente.
“Provas e exames, dificilmente, permitem
verificar o comportamento do indivíduo numa “situação de vida”... selecionam
num sentido artificial desligado dos problemas da vida real”.
“O que
não se deve fazer... estimular
qualquer forma de memorização [inevitável em provas múltipla escolha]... a memorização é um subproduto da atividade
racional [e é tanto mais aguçada quanto maior é o interesse do aluno pelo
assunto]... Fazer julgamentos
milimétricos [notas com décimos]”.
“Estimular
os alunos a criticar os julgamentos dos autores que usam [e até os do
professor]... O professor não deve adotar como critério de julgamentos o
“conformismo”, mas a capacidade de encontrar novas soluções”. Como criar essa
inteligência plástica, adaptável, com provas de múltipla escolha?
“As chamadas “provas objetivas”... são uma
contrafação da objetividade (Quando se fala em “objetividade” a propósito destes
testes, trata-se apenas de evitar a subjetividade do professor)” O que é
uma aberração!
“O atual processo de verificação funciona
menos como um instrumento científico de avaliação... que como um recurso de
atemorização para levar os alunos a estudar, dada a generalizada incapacidade
do magistério para entusiasmar os jovens [as carências atuais do
professorado são agravadas pelo colapso da família e dos valores sociais]... promove a hipertrofia... do aspecto de
memorização, de vez que as questões de arguição, provas e exames, para serem
objetivas (sic!) solicitam apenas a reprodução de conhecimentos que possam ser
comparados com os existentes nos manuais [de onde a farsa de chamar essas
provas de “múltipla escolha”, como se o aluno pudesse escolher outra opção que
não a “certa”, sem baixar a nota]
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Muito mais foi dito sobre esse assunto por Lauro, mas acho que está mais do que
claro de como Lauro antecipou em várias décadas o que hoje é visto como o
suprassumo da educação moderna. Quem o escutou?
http://assets.inhabitat.com/wp-content/blogs.dir/1/files/2016/03/Rainbow-Nanyang-Primary-School-Singapore-2-889x677.jpg
http://inhabitat.com/
Acima,
incrível escola primária de Anyang, criada a partir de modelo do arco-íris. É
uma gente que investe pesado na educação e o faz de maneira a atender às
necessidades da criança.
A
“maldição da educação”! Um prefeito
de minha cidade, aconselhado por alguma múmia desorientada, ou, segundo alguns,
para fazer uma homenagem à maçonaria, resolveu edificar em algumas escolas
municipais uma biblioteca e espaço cultural em forma de pirâmide. O resultado foi
um interior muito claustrofóbico, com a sensação de paredes caindo sobre o visitante,
sem falar da perda colossal de espaço interno útil. COMO É QUE NINGUÉM FALOU PARA
ESSE HOMEM QUE PIRÂMIDE É MONUMENTO
FUNERÁRIO, E QUE NÃO SE CONSTRÓI MONUMENTO FUNERÁRIO EM ESPAÇO DEDICADO ÀS CRIANÇAS. Nada exprime melhor a falência da educação brasileira e o nosso
desapreço pela infância do que uma coisa dessas!!!!
A recepção do futuro no Brasil
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O professor e autoridade educacional finlandesa Pasi Sahlberg diz que nas
escolas finlandesas o professor se
preocupa menos em ensinar conteúdo que ensinar o aluno a aprender. Vejam
esse episódio que escutei de Lauro mesmo:
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Na metade dos anos 1960 ele estava preso numa cela do 23º Batalhão de
Caçadores, por envolvimento no projeto de educação “comunista” de João Goulart.
O Capitão que o interrogaria estava particularmente nervoso, com uma pilha de
papéis e livros de Lauro sobre uma mesinha.
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“Que significa isso?” Perguntou
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“Minha crença pedagógica!” Foi a resposta
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“Mas porque se repete tanto? Por que essa frase foi posta tão repetitivamente
em várias páginas de seus escritos?”
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“Para ressaltar e fixar-se naqueles que os lerem. Não tem gente que canta o
hino nacional todo dia? (os militares por exemplo)”
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Os presentes se entreolham, enquanto folheiam nervosos aquelas páginas. “Só
pode ser!” Diz um. “É, responde outro, deve ser a “senha” para alguma ação
subversiva, que pode estar para acontecer!” O capitão toma uma decisão: “Avise
a todos os comandos militares e policiais, para que procurem algo igual ou
semelhantes em outros documentos subversivos já aprendidos, e que estejam
atentos a isso nas próximas prisões e desmantelamento de células!”. E
virando-se para Lauro disse ameaçador: “Nós vamos descobrir o que é isso, e
vamos acabar com vocês; comunas filhos da.....”
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Dessa época, também me lembro de um testemunho de uma filha de Lauro,
relatando, com lágrima nos olhos, que muitas pessoas, que antes viviam na casa
deles, algumas pedindo ajuda, que não lhe era negada, depois dessa prisão
começaram a mudar de calçada, à vista do professor ou de seus familiares, para
não ser constrangida a lhes dirigir a palavra...
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A propósito, a frase que tanto dissabor causara a Lauro naquele momento, pode
ser lida, solta no canto inferior de algumas páginas do Escola secundária moderna, e diz o seguinte:
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O PROFESSOR NÃO ENSINA: AJUDA O ALUNO A APRENDER.
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