quarta-feira, 30 de maio de 2018


O VALOR DA EDUCAÇÃO

Prof Eduardo Simões

__ Amigos!
__ Não dá realmente para revogar a lei da gravidade, assim como não dá para modificar a verdade universal de que a maior riqueza de um país é o seu povo, bem cuidado por um sistema educacional coeso, coerente, de primeira qualidade. Judeus, japoneses, escandinavos, gente moradora de regiões pequenas, inóspitas e com poucos recursos nos revelam isso de uma forma brutal!
__ Leiam a matéria abaixo, uma cópia de um trecho de uma matéria que saiu do site em português do jornal espanhol El Pais, como os judeus, graças aos seus profissionais altamente qualificados, professores comprometidos e valorizados e uma educação geral de alto nível, transformaram um deserto de areia em uma fonte de riquezas, enquanto nós, que insistimos em desprezar a educação de nossas crianças, transformamos, pela nossa ignorância e às vezes má fé, florestas e solos riquíssimos em desertos estéreis – por enquanto o PIB per capita nominal de Israel é de uns US$42,115, o 22º do mundo, o do Brasil é de US$10,224, o 65º do mundo, previsto para 2018. Compare também as fotos do campus da Universidade Bem Gurion, em Beerscheva, com os de nossas universidades e escolas públicas, inclusive as criadas mais recentemente...


Beersheva transformou a proteção da rede em um negócio de 22 bilhões de reais por ano para o país

https://i.pinimg.com/564x/d6/3e/5d/d63e5d6cee91f058861c0ced77b2636a.jpg
br.pinterest.com


__ Tudo isto antes era areia. Os camelos ainda descansam ao sol nas margens da estrada que conduz a Beersheva, principal núcleo urbano do deserto do Negev. Esta cidade, 110 quilômetros ao sul de Tel Aviv, é considerada o Vale do Silício do Oriente Médio. Representa a prova física e arquitetônica do que conseguiu o setor de cibersegurança em Israel: 10 edificações novas em cinco anos. Em Beersheva foram construídas no deserto, partindo quase do zero, as instalações necessárias para abrigar as milhares de mentes que têm de defender o país. Estas instalações pertencem tanto à Universidade Ben-Gurion do Negev, grandes empresas e startups, como ao Governo e ao Exército. Entre estes quatro atores foi criado um ecossistema de inovação no qual se compartilha informação e objetivo: transformar Israel na grande referência da cibersegurança.
__ [A importância de pensar para frente:] “Começamos a nos preocupar com a cibersegurança quando ninguém fazia isso. Há 30 anos já a definíamos como a quarta fronteira a defender. Do mesmo modo que você precisa de pessoas para defender terra, mar e ar, também quer gente que defenda das ciberameaças... isto não é ficção científica”, conta Roni Zehavi, CEO da CyberSpark, uma das líderes do ecossistema de cibersegurança criado em Beersheva. [Ele] Faz referência ao WannaCry e ao Petya, os dois últimos ciberataques que afetaram hospitais, Governos e grandes empresas de todo o mundo. Esses malwares infectaram os sistemas de milhares de equipamentos – através de uma vulnerabilidade encontrada no Windows –, criptografaram a informação que havia neles e pediram um resgate para que fosse recuperada... os especialistas afirmam que se tratam de ataques muito baratos para preparar e muito caros para responder.

http://www.rtld.co.il/media/uploads/projects/images/P25-2-Amit_Geron.940x626.jpg

__ O mercado da cibersegurança já movimenta mais de 225 bilhões de reais por ano em todo o mundo. Quase 10% do total, 22 bilhões de reais, é faturado por Israel, segundo o professor Isaac Ben-Israel – um dos ideólogos por trás da revolução cibernética que o país está vivendo. Dessa cifra, cerca de 13 bilhões de reais provêm das exportações de produtos e sistemas de segurança, explicou Achiad Alter, chefe de cibersegurança do Instituto de Exportações de Israel. O restante vem de vendas internas.
Um país de startups
__ Em Israel, um país de 8,5 milhões de habitantes, existem 400 empresas dedicadas a cibersegurança; 300 delas são startups (a maioria com mais de dois anos de existência)... 30% dos investimentos em P&D do Estado vão para a cibersegurança. Na Espanha, o número de empresas que se dedicam à cibersegurança, por exemplo, é de 533 e seu faturamento atingiu 600 milhões de euros, de acordo com os últimos dados disponíveis do relatório da ONTSI e do Incibe publicados em 2016.

http://www.israelimages.com/searchresult_watermark.php?image=Web-Regular/10413.jpg&watermark_text=374&watermark_color=ffffff

https://i.pinimg.com/originals/28/b7/43/28b743a3341053126593f8507cdd62ef.jpg
br.pinterest.com
Frente e lateral da Biblioteca Central

__ A diferença, ainda maior se levarmos em conta o tamanho do país, se deve à cultura empreendedora da qual se gabam os israelenses. A cada ano são criadas 40 novas startups relacionadas apenas com a cibersegurança. Para promover a criação dessas novas empresas, o Governo introduziu incentivos fiscais, econômicos e chegou até mesmo a absorver a dívida, caso uma empresa fracasse [o problema não são os subsídios em si, mas a sua necessidade estratégica, a prudência e a seriedade com que se usa a verba pública; é bem diferente, não?].
__ Em Israel há 400 empresas dedicadas à cibersegurança, das quais 300 são startups
Muitas dessas novas empresas estão escolhendo Beersheva como sede pela facilidade de conexão com outras instituições. IBM, Dell, Cisco, PayPal ou Deutsche Telekom criaram centros de pesquisa e desenvolvimento neste parque de tecnologias avançadas. “Fisicamente tudo está aqui: a Universidade, a indústria e o Governo. Todos estão trabalhando juntos. A indústria sabe melhor do que ninguém do que necessita e ajuda a atualizar o currículo das universidades. O que se sabia há dois anos sobre cibersegurança já envelheceu, é preciso se manter atualizado. Hoje, o tempo que a IBM ou a Cisco precisam para qualificar alguém é muito curto”, explica Zehavi. “O Governo sabe o potencial que tem em estabelecer essas relações. Portanto, Beersheva é reconhecida como a capital [mundial] da cibersegurança”
[Para mais informações visite o endereço:  https://brasil.elpais.com/brasil/2017/06/30/tecnologia/1498797340_490111.html]

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c9/PikiWiki_Israel_10409_Shamoon_College_of_Engineering_in_Beer_Sheva.jpg/800px-PikiWiki_Israel_10409_Shamoon_College_of_Engineering_in_Beer_Sheva.jpg
Faculdade de engenharia; uma educação, uma ciência e um país prontos para “levantar voo”

Nenhum comentário:

Postar um comentário