O
VALOR DA EDUCAÇÃO
Prof
Eduardo Simões
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Amigos!
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Não dá realmente para revogar a lei da gravidade, assim como não dá para modificar
a verdade universal de que a maior riqueza de um país é o seu povo, bem cuidado
por um sistema educacional coeso, coerente, de primeira qualidade. Judeus,
japoneses, escandinavos, gente moradora de regiões pequenas, inóspitas e com
poucos recursos nos revelam isso de uma forma brutal!
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Leiam a matéria abaixo, uma cópia de um trecho de uma matéria que saiu do site
em português do jornal espanhol El Pais, como os judeus, graças aos seus profissionais
altamente qualificados, professores comprometidos e valorizados e uma educação
geral de alto nível, transformaram um deserto de areia em uma fonte de
riquezas, enquanto nós, que insistimos em desprezar a educação de nossas
crianças, transformamos, pela nossa ignorância e às vezes má fé, florestas e
solos riquíssimos em desertos estéreis – por enquanto o PIB per capita nominal de
Israel é de uns US$42,115, o 22º do mundo, o do Brasil é de US$10,224, o 65º do
mundo, previsto para 2018. Compare também as fotos do campus da Universidade Bem
Gurion, em Beerscheva, com os de nossas universidades e escolas públicas,
inclusive as criadas mais recentemente...
Beersheva
transformou a proteção da rede em um negócio de 22 bilhões de reais por ano
para o país
https://i.pinimg.com/564x/d6/3e/5d/d63e5d6cee91f058861c0ced77b2636a.jpg
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Tudo isto antes era areia. Os camelos ainda descansam ao sol nas margens da
estrada que conduz a Beersheva, principal núcleo urbano do deserto do Negev.
Esta cidade, 110 quilômetros ao sul de Tel Aviv, é considerada o Vale do
Silício do Oriente Médio. Representa a prova física e arquitetônica do que
conseguiu o setor de cibersegurança em Israel: 10 edificações novas em cinco
anos. Em Beersheva foram construídas no deserto, partindo quase do zero, as
instalações necessárias para abrigar as milhares de mentes que têm de defender
o país. Estas instalações pertencem tanto à Universidade Ben-Gurion do Negev,
grandes empresas e startups, como ao Governo e ao Exército. Entre estes quatro
atores foi criado um ecossistema de inovação no qual se compartilha informação
e objetivo: transformar Israel na grande referência da cibersegurança.
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[A importância de pensar para frente:] “Começamos a nos preocupar com a
cibersegurança quando ninguém fazia isso. Há 30 anos já a definíamos como a
quarta fronteira a defender. Do mesmo modo que você precisa de pessoas para
defender terra, mar e ar, também quer gente que defenda das ciberameaças... isto
não é ficção científica”, conta Roni Zehavi, CEO da CyberSpark, uma das líderes
do ecossistema de cibersegurança criado em Beersheva. [Ele] Faz referência ao
WannaCry e ao Petya, os dois últimos ciberataques que afetaram hospitais,
Governos e grandes empresas de todo o mundo. Esses malwares infectaram os
sistemas de milhares de equipamentos – através de uma vulnerabilidade
encontrada no Windows –, criptografaram a informação que havia neles e pediram
um resgate para que fosse recuperada... os especialistas afirmam que se tratam
de ataques muito baratos para preparar e muito caros para responder.
http://www.rtld.co.il/media/uploads/projects/images/P25-2-Amit_Geron.940x626.jpg
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O mercado da cibersegurança já movimenta mais de 225 bilhões de reais por ano
em todo o mundo. Quase 10% do total, 22 bilhões de reais, é faturado por
Israel, segundo o professor Isaac Ben-Israel – um dos ideólogos por trás da
revolução cibernética que o país está vivendo. Dessa cifra, cerca de 13 bilhões
de reais provêm das exportações de produtos e sistemas de segurança, explicou
Achiad Alter, chefe de cibersegurança do Instituto de Exportações de Israel. O
restante vem de vendas internas.
Um
país de startups
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Em Israel, um país de 8,5 milhões de habitantes, existem 400 empresas dedicadas
a cibersegurança; 300 delas são startups (a maioria com mais de dois anos de
existência)... 30% dos investimentos em P&D do Estado vão para a
cibersegurança. Na Espanha, o número de empresas que se dedicam à
cibersegurança, por exemplo, é de 533 e seu faturamento atingiu 600 milhões de
euros, de acordo com os últimos dados disponíveis do relatório da ONTSI e do
Incibe publicados em 2016.
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Frente
e lateral da Biblioteca Central
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A diferença, ainda maior se levarmos em conta o tamanho do país, se deve à
cultura empreendedora da qual se gabam os israelenses. A cada ano são criadas
40 novas startups relacionadas apenas com a cibersegurança. Para promover a
criação dessas novas empresas, o Governo introduziu incentivos fiscais,
econômicos e chegou até mesmo a absorver a dívida, caso uma empresa fracasse [o
problema não são os subsídios em si, mas a sua necessidade estratégica, a prudência
e a seriedade com que se usa a verba pública; é bem diferente, não?].
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Em Israel há 400 empresas dedicadas à cibersegurança, das quais 300 são
startups
Muitas
dessas novas empresas estão escolhendo Beersheva como sede pela facilidade de
conexão com outras instituições. IBM, Dell, Cisco, PayPal ou Deutsche Telekom
criaram centros de pesquisa e desenvolvimento neste parque de tecnologias
avançadas. “Fisicamente tudo está aqui: a Universidade, a indústria e o
Governo. Todos estão trabalhando juntos. A indústria sabe melhor do que ninguém
do que necessita e ajuda a atualizar o currículo das universidades. O que se
sabia há dois anos sobre cibersegurança já envelheceu, é preciso se manter
atualizado. Hoje, o tempo que a IBM ou a Cisco precisam para qualificar alguém
é muito curto”, explica Zehavi. “O Governo sabe o potencial que tem em estabelecer
essas relações. Portanto, Beersheva é reconhecida como a capital [mundial] da cibersegurança”
[Para mais informações visite o endereço: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/06/30/tecnologia/1498797340_490111.html]
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