segunda-feira, 8 de agosto de 2016

ESCOLA SEM PARTIDO DOUTRINAÇÃO DA EXTREMA DIREITA E FRUTO DA DESINFORMAÇÃO 5

Prof Eduardo Simões

Obrigado aos amigos da Rússia, EUA, Brasil, França, Ucrânia e Malásia. Deus os abençoe.

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__ O movimento Escola Sem Partido está nos revelando uma coisa absolutamente extravagante e única no mundo: os professores brasileiros são compulsivamente masoquistas! Pasmem!
__ Segundo ele os professores tem o poder de, emitindo opiniões, mudar concepções filosóficas, morais religiosas arraigadas durante anos de convívio familiar diuturno. Então, pergunto eu, por que os professores não usam todo esse poder para conseguir simplesmente que os alunos os tratem com o respeito e urbanidade que lhes devem, nem que fosse pelo menos por uma questão de reciprocidade? Por que todos os anos centenas de professores precisam fazer peregrinações às delegacias de polícia e a clinicas de repouso baratas – os spas são para os pais desses alunos – para conseguir ressarcimento ou se recuperar de ofensas graves e gratuitas às suas pessoas? Quem fora do ESP ignora o grave problema disciplinar discente das escolas brasileiras, dos alunos entre si e destes com seus professores? Se os professores têm o poder de “fazer a cabeça” do aluno com uma simples opinião, porque eles não conseguem nenhum resultado com pedidos, ameaças e denúncias contra aqueles se comportam tão inadequadamente em sala de aula?
__ A resposta é simples: porque para boa parte desses alunos esse comportamento foi modelado de seus pais, os mesmos que agora agitam a bandeira esdrúxula do anticomunismo para dar ainda mais poder a quem ainda não apendeu como usá-lo. O comportamento público inadequado é o espelho daquele que é aprendido em casa, desde a mais tenra idade, pois é aí, principalmente, que se forma ou deforma a personalidade infanto-juvenil, e começam as atitudes e ideias antissociais e antirrepublicanas, que nós, professores, buscamos dramaticamente corrigir, às vezes em vão.
__ Daqui para frente, se a proposta do ESP for aprovada, talvez uma professora quase idosa deva, antes de mais nada, se dirigir à direção da escola para saber se pode gritar ou gemer de dor, após um aluno lhe quebrar um braço com uma cadeirada, como aconteceu em uma escola gaúcha há alguns anos, afinal um grito ou um gemido nessas circunstâncias não deixa de ser uma opinião contrária à violência que o aluno trouxe de casa...

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