A
HORA DO PESADELO
Prof
Eduardo Simões
Obrigado
aos amigos de Rússia, EUA, BR, Portugal, Argentina, Ucrânia, Itália. Deus os
abençoe.
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Os
principais responsáveis pelo atual estado do Brasil e por suas futuras
dificuldades.
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Incendiário, irresponsável, sicofanta, sequelado, maníaco, esquizofrênico,
rancoroso, descompensado, delirante, etc. Assim eu qualifico o discurso de despedida
da senhora quase-presidenta diante do Palácio do Planalto, ao se despedir provisoriamente
do seu cargo, ou nem sei mais como qualificar esse bicho criado pelo STF. Mas
se tais adjetivos cabem à obra, no mesmo gênero e grau cabem à autora.
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Nesse discurso Dilma Rousseff mostrou, à sobejas, que não está, e nunca esteve,
preparada para o cargo que ocupou, que não entendeu, nem entende, o momento
porque passa, e se o entende, então é uma das pessoas mais hipócritas que já
sentou naquela cadeira, e olha que foram muitas! Seu discurso foi um ataque direto,
contundente, contra todos que não se conformam aos seus delírios pessoais, e aos
de seu partido, e contra tudo o que dá forma e consistência à república e à
democracia neste país: partidos, instituições e leis, e, o que é mais notável e
preocupante, conclamou a sua massinha de seguidores profissionais para, lutando
contra aqueles, “defender a democracia”.
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Para mim ficou clara a estratégia do núcleo duro do PT: aproveitar-se dos
efeitos de seus erros catastróficos, para lança-los sobre as costas de seus
inimigos, e ninguém faria isso sem um mínimo de sentimento de culpa se não
estiver fortemente convencido que é vítima, mesmo sem o ser, de um “golpe”. Não
foi assim que aconteceu com o governo Fernando Henrique, a quem coube tomar
duras medidas para consertar as ruínas herdadas dos governos militares e seus compinchas,
para entregar um estado enxuto ao PT, que depois o chamou de “herança maldita”?
Da mesma forma como aconteceu com Campos Sales, em 1902, que foi obrigado a
impor ao país sacrifícios imensos, para salvá-lo da derrocada financeira causada
por medidas militares nacional-populistas e guerras civis, recebendo como paga
a maior vaia já dada a um presidente em sua despedida, organizada por grupos
ligados ao nacional-militarismo populista, que criou a necessidade de medidas
tão duras, e que seria a versão século XIX das esquerdas atuais? Mas foi graças
aos sacrifícios de Campos Sales que o presidente seguinte, Rodrigues Alves, pode
fazer um dos governos mais dinâmicos da Primeira República.
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Outro ponto da “profecia” é que o novo governo reprimirá os “movimentos sociais”,
uma vez, é claro, que boa parte desses movimentos é apenas uma extensão do
projeto totalitário do PT, de o partido absorver a sociedade civil. Eis a tática
desse abjeto partido: jogar de maneira sistemática e provocativa, até o limite
do insuportável, grupos de fanáticos e provocadores profissionais, contra instituições
e pessoas, como forma de intimidação, forçando uma intervenção das forças de
segurança, dizendo depois para as suas bases fanatizadas, e para o povo, de que
está havendo repressão, conforme havia sido “predito”, justificando o apelativo
de “golpe”. É fogo político proposital, supostamente controlado. A última vez
que tentaram fazer isso em larga escala deu como resultado a Primeira Guerra
Mundial. Essa gente está brincando com fogo, e nós no meio dele, e esse fogo só
fará crescer, enquanto durar esse longo processo. Algo mais a agradecermos ao
STF.
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As provocações já começaram: mulheres descompensadas se atiraram sobre a rampa do
Palácio, para desmoralizar a posse do vice, enquanto nas estradas, quadrilhas
fecham o fluxo de veículos, e queimam pneus, destruindo o asfalto, feito com o
suor e o dinheiro do povo brasileiro, para protestar contra o impedimento. É a inversão
absoluta e doentia de valores; a aplicação da lei vira “golpe” e o combate à
lei e às instituições “defesa da democracia”, a vida política neste país está
virando uma farsa sem fim, até o dia em que os céus se cansarão; aí Deus abrirá
mão de sua cidadania brasileira, e nos entregará ao julgamento correto, mas frio
e insensível da história, de cujas sentenças não nos livraremos até pagarmos o
último centavo.
APÓS
125 ANOS, UMA FARSA COM ARES DE TRAGÉDIA
https://www.sesc-rs.com.br/upload/noticia/a-farsa-do-advogado-pathelin_foto-divulgacao-grupo-hora-vaga.jpg
https://www.sesc-rs.com.br/
Conseguirão, Dilma e Lula, incendiar o Brasil?
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Peço vênia a Marx, para inverter os termos de seu aforismo sobre a história, e
dizer: “A história não se repete, e quando parece se repetir a primeira vez é
como farsa, a segunda como tragédia”
*
Dilma nasceu em Minas, mas fez carreira política no Rio Grande do Sul; Deodoro
da Fonseca nasceu em Alagoas, mas começou sua carreira política no Rio Grande.
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Dilma foi expulsa do governo no seu segundo mandato; Deodoro foi tirado do
governo no seu segundo mandato (o primeiro foi como presidente do Governo
Provisório).
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Dilma foi tirada do governo pelo Congresso; e o Congresso tirou do governo a Deodoro
da Fonseca.
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Dilma é substituída por um vice com o qual não se entendia; Deodoro foi
substituído pelo seu desafeto, Floriano Peixoto.
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No seu primeiro mandato Dilma impôs um Ministro da Fazenda, Mantega, que
quebrou o Brasil; no seu primeiro mandato, no governo provisório, o Ministro da
Fazenda de Deodoro, Rui Barbosa, quebrou o Brasil com o encilhamento.
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O objetivo de Mantega era, com a intervenção do estado na economia, fortalecer
setores da indústria nacional, contra o capital estrangeiro; O objetivo de Rui
Barbosa era promover, via apoio estatal, a industrialização do Brasil, para
reduzir a influência da cafeicultura paulista, tradicionalmente ligada ao
capital estrangeiro.
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Dilma teve três ministros da fazenda; Deodoro teve três ministros da fazenda, e
ambos tiveram um ministro de sobrenome Barbosa.
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O Vice, e sucessor, de Dilma enfrentará crises muitos fortes no Rio Grande do
Sul e no Rio de Janeiro; o vice, e sucessor, de Deodoro enfrentou crises
fortíssimas nesses dois estados: Revolta da Armada e Revolução Federalista.
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O vice de Dilma é de São Paulo, o primeiro paulista a ocupar o governo federal
em 110 anos, e decerto contará com o apoio decisivo de São Paulo; O vice de
Deodoro, Floriano, era de Alagoas, mas só conseguiu manter-se no poder graças ao apoio
decisivo de São Paulo, quando as forças federalistas, após ser assenhorarem do
Paraná, já ameaçavam chegar até ao Rio De Janeiro.
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Na repressão ao avanço federalista as tropas paulistas, que invadiram o Paraná,
cometeram a maior carnificina, justamente em Curitiba e no percurso da estrada
de ferro Curitiba-Paranaguá, após uma fuga infame do governador local Vicente
Machado, e de seu Comandante de Armas, caindo o comandante, mas sobrando o
governador; o governador Beto Richa e o comandante de sua polícia promoveram
uma carnificina impune contra os professores, da mesma forma com ficaram
impunes os massacres de 1894, tendo-se salvo, apenas, a pele do governador. O
governador Beto Richa é do PSDB, partido que tem o seu centro político
principal em São Paulo.
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A nossa história está se tornando perigosamente repetitiva, até aos mínimos
detalhes. Será o prenúncio de uma tragédia?
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