É PROIBIDO
PENSAR ?
Prof Eduardo
Simões
Obrigado aos
amigos de BR, EUA, Portugal, Holanda, Suécia, Egito. Deus os abençoe
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__ Se eu me
dirigir a qualquer um e disser gratuitamente: “você me deve mil reais” este
certamente me dirá: “prove!” No contexto atual eu bem que poderia dizer: “por
que razão eu, com mais de 60 anos, professor conceituado, cidadão cumpridor da
lei, esposo e pai de família, sou obrigado a provar um fato tão corriqueiro
como esse, quando bastou uma garota de 16 anos entrar numa delegacia e dizer
que foi estuprada por 33 homens, para causar a queda de um delegado e tanta
manifestações de apoio incondicional, inclusive no exterior, além de irados
testemunhos na televisão de pessoas que nunca viram essa menina?”
__ Por que essa diferença?
Por acaso mil reais valem mais que a honra e o bem estar físico-emocional de
nossa juventude? Por que se criou, instantaneamente, um dogma de fé pública,
que diz que temos que acreditar piamente que a coisa se passou exatamente como
a jovem falou, senão pior? Como não acredito em dogmas sociais, da mesma forma em
que acredito, incondicionalmente, que todos são iguais perante a lei, afirmo em
alto e bom som: ainda não estou convencido. Vejamos as razões.
__ O que nós
temos de fato: um filme, que quase ninguém viu, onde, segundo nos contam,
aparece a jovem nua, sendo apalpada e zoada por uns quatro rapazes. Que aconteceu
com os outros 26? MAS ELA ESTAVA
INCONSCIENTE! Clamam jornalistas na TV. Como é que dá para saber, só olhando o
filme? Por acaso as pessoas que morrem nos filmes artísticos morrem de verdade?
O namorado, que estava com ela, conta outra versão. Essa versão, só por ser de
um homem, não merece crédito? O texto legal da igualdade perante a lei é só uma
farsa, para que aqueles que tradicionalmente escapam dos tentáculos da lei, os
mais ricos, tanto homens como mulheres, continuem se divertindo com os apertos
e atrapalhadas do povo mais pobre, nesse circo de horrores? Bom, os exames
médicos, que poderiam atestar realmente o absurdo desse crime, já não podem
falar e corroborar a versão da “vítima”, porque esta só procurou as autoridades
quando não era mais possível atestar nada. Muito conveniente ou não?
__ Ah, o
delegado ficou desconfiado que a moça não estivesse dizendo a verdade! E o que
ele tem que fazer, acreditar piamente que uma jovem que adentra a sua delegacia
e afirma que foi estuprada por mais trinta homens, fato raríssimo na crônica policial,
está obviamente dizendo a verdade? Por quê? Por que é mulher? Os homens não são
tratados assim. Quando um deles chega à delegacia denunciando algo grave, o
delegado os criva de perguntas, algumas inclusive muito embaraçosas, para comprovar
a seriedade daquela denúncia. Por que com uma mulher seria diferente. Ah, as
mulheres são sensíveis! Os homens não o são, não têm sentimento de honra capaz
de ser incomodado pelas perguntas indiscretas, mas necessárias, de um delegado?
__ A dica está
dada pelas próprias autoridades de plantão, quando uma mulher, por mais canalha
que seja, quiser estrepar um homem, por mais correto que seja, basta entrar
numa delegacia e dizer que foi estuprada por aquele, precisando, quando muito, mostrar
uma fotografia em que os dois apareçam juntos.
__ Independente
dessa moça ser inocente ou culpada, de ser uma vítima real, ter contribuído com
ou forjado tudo isso, começamos mal, muito mal, esse episódio, mostrando que
não aprendemos nada com a Escola Base de São Paulo (quantos ainda se lembram
disso?), quando a vida de duas famílias foram destruídas, esmagadas, pelo
devaneio de uma criança de três anos, e as iniciativas de um delegado incapaz
de sondar mais cautelosamente o “testemunho” da criança, e não dá ouvidos a
balelas de que criança “não mente”, e que está certo, criança de fato não
mente, mas fantasia, que por motivos diferentes alcança efeitos análogos. Já os adultos, independente de sexo, tanto fantasiam quanto
mentem, mas parece que as mulheres brasileiras estão se tornando, não segundo a
lei, mas conforme o dogma social, que é a lei acima da lei, imunes à fantasia e
à mentira.
__ Pela moça
todos estão velando, e fazem bem em velá-la, mas quem está cuidando da
inteligência, da prudência, da sabedoria e da verdade, moças tão belas e preciosas,
mas tão maltratadas em nosso país, sem as quais adianta nem ser homem ou mulher,
porque são elas que nos tornam humanos, e parecem tão ausentes desse caso?
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