terça-feira, 3 de maio de 2016

TRAMA DIABÓLICA

Prof Eduardo Simões

Obrigado aos amigos de Estados Unidos, Brasil, Portugal, Ucrânia, Reino Unido e Moçambique. Deus os abençoe.

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Está tudo documentado.

__ As pessoas sérias e democráticas do Brasil, que não se deixam enganar pelo berro da sereia lulopetista, acompanharam, um tanto surpresas, a evolução do processo de impedimento na Câmara, em virtude de seu pequeno alcance, restrito às pedaladas fiscais (maquiagem contábil) e aos decretos de despesas extraordinárias, sem a aprovação do Congresso Nacional, muito “pertinentes” em ano eleitoral. Por que os impetrantes do pedido de impedimento não fizeram nenhuma citação ao que ocorria na Operação Lava Jato, onde está o filé da corrupção do atual governo?
__ Ora, na apresentação da doutora Janaína Paschoal de sua denúncia ao Senado, ficamos sabendo que no pedido original de impedimento havia sim, menção aos fatos gravíssimos da Lava Jato, que foram, misteriosa e cuidadosamente, excluídos das discussões e da decisão final da Câmara dos Deputados. Numa intervenção do representante do PSDB no senado, Cassio Cunha Lima, ficamos sabendo que a retirada da menção à Lava Jato foi feita após uma reunião entre Eduardo Cunha, do PMDB, e a presidenta da república, que de fato aconteceu, e quem não sofre de amnésia seletiva lembra bem!
__ A questão foi a seguinte: em fins de 2015, quando estava pendente a abertura de um processo de cassação, contra Eduardo Cunha, encalacrado até a alma com acusações de desvio de dinheiro publico pela Lava Jato, ensaiou-se uma aproximação entre Cunha e Dilma Rousseff, movido por interesses mútuos: ele queria evitar o processo de cassação e ela queria evitar o encaminhamento de algum dos inúmeros pedidos de impedimento, mais de dez, protocolados na Câmara. Até onde foi divulgado pela imprensa, o acerto era que os três deputados do PT, na comissão de cassação, votariam contra a abertura de processo contra Cunha ao preço de ele engavetar os pedidos de impedimento. Entretanto, o PT opôs-se decididamente a isso, e a bancada do partido votou pela admissibilidade da cassação. No dia seguinte Cunha dá prosseguimento ao pedido de impedimento de Helio Bicudo, Miguel Reale e Janaína Paschoal.
__ Entretanto, com a ajuda um pouco confusa do Ministro Lewandovski, do STF, simpatizante do lulopetismo, ele teve um cuidado peculiar: retirou da acusação a parte referente à Lava Jato, justo aquela que mais comprometia a presidenta e o seu manipulador, Lula, mas que também comprometia muito a Eduardo Cunha. Aliás, a Lava Jato causa tanto medo a essa gente, que o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, envolvido até o gogó com acusações sérias de desvio de dinheiro, e do partido de Cunha, começou a fazer eco às preocupações do governo, quando não assumia, escancaradamente, a defesa deste. Esse homem, que já renunciou em 2003, para não ser cassado por excesso de roubalheira, foi imediatamente tirado da lista de “corruptos” e “golpistas” do PT, tratado como se fora um “companheiro”, dando mais uma mostra da dupla moral absurda de nossa esquerda.
__ Fazendo eco a Calheiros, o presidente da Comissão de Impedimento do Senado, senador Raimundo Lira, do PMDB, afirmou, recentemente, que não irá anexar à peça acusatória que veio da Câmara, a parte referente à Lava Jato, livrando assim a pele de uma quantidade enorme de políticos, a começar pelo dileto Presidente do Senado, seu tutor.
__ Na apresentação das acusações ficou patente, também, o papel de Dilma Rousseff, a “Senhora Integridade”. Sua função era dar um ar de respeitabilidade a tudo que acontecia fora das vistas do povo e da imprensa. Enquanto a roubalheira corroía sem peias o patrimônio do povo brasileiro, ela se fingia de morta, ressuscitando, esporadicamente, quando era necessário por um remendo legal, como quando o edifício da responsabilidade fiscal começava a trincar, fazendo mudanças no orçamento de 2015, e, ainda mais escandalosamente, na nomeação de Lula como ministro, justo quando a justiça estava prestes a lhes por as mãos. Todos os seus mais próximos companheiros e auxiliares foram ou estão presos, ou respondem a processos: José Dirceu, Genoíno Neto, João Paulo Cunha, Delúbio Soares, Silvio Pereira, João Vaccari Neto, Delcídio do Amaral, João Santana, Edinho Silva, Marco Maia, Aluizio Mercadante, etc. Gente mais séria, como os fundadores do PT, Hélio Bicudo e Marta Suplicy, abandonaram o partido. Mas a Dilma, essa “mulher íntegra”, a flor do pântano, a Rosa do Lagamar (os cearenses sabem bem o que eu digo), a única maçã boa num balaio de maçãs podres, a virgem do lupanar, etc. etc., fica, e sem nenhum proveito, que de ser a madrinha de um multidão de corruptos. Quem quiser que acredite em fadas e bichos que falam.
__ Em tempo: no noticiário de hoje, 3 de maio, vem a notícia que a Procuradoria-Geral da República, vai pedir uma investigação criminal contra Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, a máscara está caindo. Alguém duvida que toda essa parafernália midiática envolvendo noticiários sobre um “golpe” no Brasil não seja uma preparação para um futuro pedido de asilo político, quando a justiça comum começar a apertar o laço?

__ Como dizia o cacique Mario Juruna, estão todos com o “rabo preso”, preso e pegando fogo, e nesse caso a vitória, indispensável para conter simplesmente o colapso físico e moral do país, virá com um gosto amargo de serviço ainda incompleto, com muita fumaça nos olhos e um cheiro insuportável de carniça e enxofre. Ainda há muitos demônios no purgatório da nossa democracia.

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