sábado, 11 de outubro de 2014

A ESCOLHA DE ZÉ

Prof. Eduardo Simões

            Saiu, afinal, o resultado das eleições de 2014, e o partido no poder, pagando o preço de tanta corrupção e erros primários na condução da política econômica, levou uma cipoada. Bem menor do que seria se o país fosse sério, mas muito maior do que seria de se esperar de gente tão “esperta”. Que venha, pois, o segundo turno, afinal o criminoso sempre volta ao lugar do crime.
            Ninguém tem a ilusão de que brasileiro médio conseguiu se safar daquele ranço do Poder Federal, típico de quem se crer impotente e abandonado, coitadinho!, e que, portanto, o que mais importa é a eleição presidencial, apesar de quase tudo indicar o contrário, mas não se cura do dia para a noite quinhentos anos de absolutismo monárquico e republicano, portanto o grande dilema da população brasileira será:
            a) Continuamos com o que está aí, sustentados por programas sociais paternalistas, que salvam o povo da fome imediata, mas o mantém cativo ao assistencialismo de políticos indiferentes para o resto de suas vidas, como no início da formação do país, além de continuarmos vivenciando o mais esculachado deboche às instituições – apenados ingressando às cadeias com punhos erguidos, em sinal de vitória – e à lógica?
            b) Ingressamos no programa da social democracia burguesa, no sentido mais ambíguo desse termo, que não consegue ver outro valor que não derive de médias estatísticas, e no estado mais rico da federação fez crescer a prosperidade dos mais ricos e o desespero dos mais pobres com o tráfico de drogas, a ignorância intelectual, a gravidez precoce, a bandidagem sem peias, etc. Mas a classe média-alta não precisa se preocupar, os carros blindados poderão se tornar mais acessíveis.
            A diferença para mim é uma só: o partido no poder vende tudo, a começar pela honra, enquanto o da oposição compra tudo, a começar pela honra. Que o Zé faça a sua escolha, e que Deus tenha pena de nós! 

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