A
ESCOLHA DE ZÉ
Prof. Eduardo Simões
Saiu,
afinal, o resultado das eleições de 2014, e o partido no poder, pagando o preço
de tanta corrupção e erros primários na condução da política econômica, levou
uma cipoada. Bem menor do que seria se o país fosse sério, mas muito maior do
que seria de se esperar de gente tão “esperta”. Que venha, pois, o segundo
turno, afinal o criminoso sempre volta ao lugar do crime.
Ninguém
tem a ilusão de que brasileiro médio conseguiu se safar daquele ranço do Poder
Federal, típico de quem se crer impotente e abandonado, coitadinho!, e que,
portanto, o que mais importa é a eleição presidencial, apesar de quase tudo
indicar o contrário, mas não se cura do dia para a noite quinhentos anos de
absolutismo monárquico e republicano, portanto o grande dilema da população
brasileira será:
a)
Continuamos com o que está aí, sustentados por programas sociais paternalistas,
que salvam o povo da fome imediata, mas o mantém cativo ao assistencialismo de
políticos indiferentes para o resto de suas vidas, como no início da formação
do país, além de continuarmos vivenciando o mais esculachado deboche às
instituições – apenados ingressando às cadeias com punhos erguidos, em sinal de
vitória – e à lógica?
b)
Ingressamos no programa da social democracia burguesa, no sentido mais ambíguo
desse termo, que não consegue ver outro valor que não derive de médias
estatísticas, e no estado mais rico da federação fez crescer a prosperidade dos
mais ricos e o desespero dos mais pobres com o tráfico de drogas, a ignorância
intelectual, a gravidez precoce, a bandidagem sem peias, etc. Mas a classe
média-alta não precisa se preocupar, os carros blindados poderão se tornar mais
acessíveis.
A diferença para mim é uma só: o
partido no poder vende tudo, a começar pela honra, enquanto o da oposição
compra tudo, a começar pela honra. Que o Zé faça a sua escolha, e que Deus
tenha pena de nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário