sábado, 11 de outubro de 2014

NADA MUDOU

Prô Eduardo Simões
         O aprendiz de feiticeiro Inácio ‘Lula’ da Silva, especializado em beberagens mágicas, como aquela que pretendeu unir os interesses da classe trabalhadora com os da direita corrupta, quando Presidente do Brasil, resolveu, sem consultar as instituições republicanas competentes, como é hábito entre os donos do poder no Brasil, perdoar a dívida externa de vários países africanos, a pretexto de resgatar uma injustiça histórica: a vinda forçada de milhões de africanos, como escravos, para construir, com o seu trabalho, a nação brasileira.
         A atitude de Lula até que mereceria prêmio, mas entre as dívidas perdoadas estava a de países governados por ditadores truculentos, inclusive um, o do Sudão, acusado de genocídio pela ONU e com ordem de prisão internacional decretada!, o que torna tudo muito suspeito, e faz a nossa convicção pender para outro tipo de justificativa não muito declarada nem aclarada: fazer negócios com esses países, com aquele velho toque da esperteza a que estamos acostumados.
         Lula fez escola e sua filhota seguiu pelo mesmo caminho, perdoando e reestruturando dívidas de vários países africanos, inclusive aqueles governados pelos espertos de sempre, que desviam o dinheiro dos empréstimos em seu benefício, enquanto o povo amarga a mais absurda miséria e ignorância, como estamos vendo nesses episódios do ebola. A sucessora não só perdoou a dívida com abriu de par em par as fronteiras para supostos refugiados, sem qualquer critério ou controle sanitário, fazendo-nos retroceder ao período anterior a 1850, quando uma torrente de africanos entrava no país por contrabando, em portos clandestinos. Hoje entram pelo Acre se dizendo haitianos. O passado, ainda não redimido, bate à porta.
         O resultado não se fez esperar, temos um suspeito de contaminação pelo ebola, e quer isso se confirme ou não, ficou um aviso e uma denúncia, pois ele entrou por um aeroporto, os nossos postos de fronteira mais vigiados. Se isso passa pelo aeroporto imagine-se o que não está passando pela fronteira terrestre e nesse imenso litoral sem dono. A propósito, entre os países beneficiados com esses surtos, desculpem-me o termo, de ‘bondade presidencial’ estão quatro países já atingidos: Guiné, Nigéria, Senegal e Congo, que tratam seus doentes do jeito que estamos vendo. Torraram nosso dinheiro, abandonaram o seu povo, receberam o ‘nosso’ perdão, e agora nos mandam o resultado de seus e de nossos desmandos.
         Hoje faltam hospitais na África, como falta no Brasil, e se falta vergonha na África, a gente ainda pode dá uma ‘mãozinha’. Nós continuamos a importar para lá a nossa corrupção moral, enquanto eles exportam para cá a sua desesperança.

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