sábado, 11 de outubro de 2014



TITANIC EDUCACIONAL

Prô Eduardo Simões


            Pesquisa recente, a queda do índice do IDEB em quase todos estados, mostra o naufrágio do barco da educação brasileira, sobrecarregado pelo acúmulo de erros nessas últimas décadas, e na proa dessa nau dos insensatos os mais clamorosos erros se destacam: a crença de que é possível fazer uma revolução educacional sem professor, e que o aluno não passa de uma máquina de aprender.
            Na vanguarda desses desatinos coloca-se o Estado de São Paulo, que resolveu sobrecarregar a rede e os professores descontentes com os rumos da educação estadual, fazendo um concurso após o outro, como a dizer: “não ache ruim, porque não falta gente querendo o seu lugar”. E a qualidade e experiência do professor? Aparentemente, para esse governo, não vale nada. Os militares foram mais “espertos” e economizaram mais: criaram os professores leigos.
            Quanto aos alunos, a única preocupação das “autoridades” do país é com o resultado do PISA, mandando a educação de volta para os anos 50-60, mas em desvantagem, pois ao menos naquele tempo havia grandes pedagogos e uma miríade de professores, muito bem embasados, questionando o valor das provas tradicionais como elemento de diagnóstico ou promoção no sistema. Hoje nem isso.
            Por conseguinte, na educação brasileira ou 
avançamos para além da borda do precipício ou recuamos 
para o que havia de pior no passado. A questão é saber quando os passageiros desse titanic, vão largar o salão de festas, onde vivem mergulhados no engano e na fantasia, e vão tentar salvar o navio, se é que ainda tem conserto.

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