sábado, 11 de outubro de 2014

O PRÊMIO É DELES O PISA É NOSSO

Prof Eduardo Simões

         Está saindo mais uma fiada de ganhadores do Prêmio Nobel, e para variar dispara na frente o mais espetacular sistema de ensino do mundo: o norte-americano, responsável pela retenção em seu país, de quase metade de todos os prêmios já ofertados – o segundo é o inglês! E nós sabemos que não é só isso, pois eles são também a maior potência econômico-tecnológica do mundo, além de um dos sistemas democráticos mais abertos e estáveis do planeta, sem falar que são os maiores ganhadores de medalhas olímpicas e em esportes isolados, mas, estranhamente, isso ainda não foi percebido pelo PISA, que continua classificando esse sistema escolar como pouco mais que ‘medíocre'.
         Será que todo esse currículo não basta para que nossos ‘educadores’ e ‘autoridades’ educacionais comecem a perceber que é hora de jogar no lixo antigos e cafonas pudores ideológicos, o antiamericanismo visceral, para começarem a se debruçar, friamente sobre as virtudes e defeitos desse sistema, afinal se o objetivo não for construir um melhor ainda é melhor nem começar, seja para o bem de nossas crianças seja para que ‘suas excelências’ não sejam forçados a ‘ forçar’ as verdades da nossa educação nos anos eleitorais?
         A escola americana, bem construída, bem dotada de equipamentos, respeitadíssima pela comunidade, principalmente por conta de seus profissionais, regulada por leis antigas e estáveis, você sabe o que pode esperar dela, com currículos flexíveis, respeitando a diversidade regional e a autonomia política dos estados, fiscalizada pela comunidade em vista do resultado na vida de alunos e não de interesses político eleitoreiros, etc. Está se lixando para o que os estrangeiros do PISA podem achar dela, contanto, que continue prestando ao país o serviço que sempre prestou e ainda presta. A que não presta é outra.

         Seguem, pois, os americanos, lá entre o 20º e 30º colocados, no PISA, enquanto exercem o seu papel de potência mundial incontrastável, arrebatando a grande maioria dos prêmios de ciências, tecnologia, esportes, etc., ignorando solenemente os famosos exames, deixando essa tolice para quem é tolo o bastante para fazer deles uma das principais diretrizes de seu sistema educacional. Espero que não seja o nosso caso!

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