O
PRÊMIO É DELES O PISA É NOSSO
Prof
Eduardo Simões
Está saindo mais uma fiada de
ganhadores do Prêmio Nobel, e para variar dispara na frente o mais espetacular
sistema de ensino do mundo: o norte-americano, responsável pela retenção em seu
país, de quase metade de todos os prêmios já ofertados – o segundo é o inglês!
E nós sabemos que não é só isso, pois eles são também a maior potência
econômico-tecnológica do mundo, além de um dos sistemas democráticos mais
abertos e estáveis do planeta, sem falar que são os maiores ganhadores de
medalhas olímpicas e em esportes isolados, mas, estranhamente, isso ainda não
foi percebido pelo PISA, que continua classificando esse sistema escolar como
pouco mais que ‘medíocre'.
Será que todo esse currículo não basta
para que nossos ‘educadores’ e ‘autoridades’ educacionais comecem a perceber que
é hora de jogar no lixo antigos e cafonas pudores ideológicos, o
antiamericanismo visceral, para começarem a se debruçar, friamente sobre as
virtudes e defeitos desse sistema, afinal se o objetivo não for construir um
melhor ainda é melhor nem começar, seja para o bem de nossas crianças seja para
que ‘suas excelências’ não sejam forçados a ‘ forçar’ as verdades da nossa
educação nos anos eleitorais?
A escola americana, bem construída, bem
dotada de equipamentos, respeitadíssima pela comunidade, principalmente por
conta de seus profissionais, regulada por leis antigas e estáveis, você sabe o
que pode esperar dela, com currículos flexíveis, respeitando a diversidade
regional e a autonomia política dos estados, fiscalizada pela comunidade em
vista do resultado na vida de alunos e não de interesses político eleitoreiros,
etc. Está se lixando para o que os estrangeiros do PISA podem achar dela,
contanto, que continue prestando ao país o serviço que sempre prestou e ainda
presta. A que não presta é outra.
Seguem, pois, os americanos, lá entre o
20º e 30º colocados, no PISA, enquanto exercem o seu papel de potência mundial
incontrastável, arrebatando a grande maioria dos prêmios de ciências,
tecnologia, esportes, etc., ignorando solenemente os famosos exames, deixando
essa tolice para quem é tolo o bastante para fazer deles uma das principais
diretrizes de seu sistema educacional. Espero que não seja o nosso caso!
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